quinta-feira, 24 de abril de 2014

Colegas tóxicos: como evitá-los?

Colegas tóxicos: como evitá-los?Que a rotina muitas vezes nos deixa cansados e reflexivos não se pode evitar, mas, e quando do nosso lado existem pessoas que só reclamam do trabalho e da vida? Como podemos agir para não sermos contagiados?

Os famosos colegas tóxicos existem em todas as empresas e eles possuem, quase sempre, as mesmas características apatia, vivem reclamando de tudo e nunca estão satisfeitos. Questionar as ações na empresa é diferente de colega tóxico, que sempre vê algo negativo em tudo e sempre dá um jeito de te deixar desconfortável.

Para Margareth Signorelli, coach de relacionamento e terapeuta EFT, é necessário colocar limites e barreiras. “Se você percebe que uma pessoa é inconveniente, é necessário falar que não gosta das atitudes dela e dizer que não permitirá mais que ela se comporte assim. Quando uma pessoa não te respeita, diga que não permitirá que isto aconteça. Você não vai mudá-la, mas vai ensinar os seus limites mostrando até onde ela pode ir”, explica.

Caso a pessoa continue a se portar ou fazer as mesmas coisas de antes, você deve cortá-la e dizer o motivo. “Se afaste, pois os bons relacionamentos são de troca equilibrada e não dos que roubam sua energia, enfraquecendo-o”, enfatiza a especialista.

Como ajudar o colega a converter o pessimismo em otimismo

Segundo Margareth, isso é um trabalho muito delicado em que os profissionais levam anos para conseguir fazer com que uma pessoa pessimista mude o seu modo de ser. “O que eu recomendo é fazê-lo sempre ver o outro lado de cada situação em que ele mostre seu pessimismo e ensiná-lo que, em cada obstáculo que ele encontrar, ao invés de expressar seu lado negativo e perguntar ‘Por que isto acontece comigo? ’, dizer: ‘O que é que eu tenho que experimentar com esta situação?”, conta a coah.

No primeiro exemplo a pessoa estava na energia da vítima e no segundo na energia de aprender a crescer desenvolvendo sua resiliência.

Porque mantemos pessoas tóxicas por perto

Todos os relacionamentos são trocas de energia. Cada conexão nos alimenta com poder ou nos suga, drenando nossa energia. Energiza-nos ou rouba nossas forças.

Se você revisar todos os seus relacionamentos por esta perspectiva, ficará fácil saber quais relacionamentos são tóxicos. “São as conexões que nos fazem perder nosso poder pessoal. Na verdade, o único tipo de relacionamento tóxico é aquele que rouba a sua energia”, explica Margareth.

Para Margareth existem três motivos para você entender porque está mantendo um relacionamento tóxico: medo, culpa ou obrigação. “Então, você tem que se questionar e entender quais são os seus motivos e trabalhá-los em você. Ninguém muda o outro, mas se você mudar, o outro muda também”, conclui.

Fonte: MSN Empregos

quinta-feira, 17 de abril de 2014

62% dos brasileiros dizem ter pouca confiança nas pessoas

Brasileiro só confia muito na própria família. É o que mostra a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), feita em parceria com o Ibope com 2.002 pessoas em 143 municípios. De acordo com o levantamento, 73% dos brasileiros têm muita confiança na família.
62% dos brasileiros dizem ter pouca confiança nas pessoas
Quando indagados sobre as outras pessoas com quem convivem, a desconfiança só aumenta:  só 18% dizem confiar muito nos amigos, 11% nos vizinhos e 9% nos colegas de trabalho ou da escola.  Apenas 6% têm muita confiança nas outras pessoas. Outros 31% dizem ter alguma confiança nas outras pessoas em geral. E 62% dizem ter pouca ou nenhuma.

A justificativa para a baixa confiança está na impressão de que as pessoas agem de maneira errada. Para 82% dos entrevistados, a maioria das pessoas só quer tirar vantagem. A sensação é maior na região Nordeste - 89% da população têm essa percepção - e menor nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde o percentual cai para 71%.

A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira: Padrão de Vida foi feita pela CNI com o objetivo de conhecer melhor o consumidor. Os resultados mostram que os jovens e os moradores de cidades do interior confiam menos no outro. "É importante para a CNI conhecer o consumidor. Quando ele está desconfiado, isso afeta sua decisão de consumo", afirma o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

Quais são os grupos mais desconfiados?

Moradores do interior confiam menos - A parcela dos que dizem confiar quase nada ou não confiar é maior entre os moradores do interior do país (64%) do que entre os das capitais (60%). Dos que estão nas cidades no interior, 83% dizem que as pessoas só querem tirar vantagem e apenas 15% agem de maneira correta. Nas capitais, enquanto 80% acreditam que o outro quer tirar vantagem, 19% diz que as pessoas agem de maneira correta.

Jovens desconfiados - Entre os que têm entre 16 e 24 anos, 67% dizem ter quase nenhuma ou nenhuma confiança. O percentual cai para 57% quando se analisa a parcela que tem 50 anos ou mais. Enquanto 85% dos mais jovens acreditam que as pessoas só querem tirar vantagem, 79% dos mais velhos dizem o mesmo.

Nordeste e sudeste desconfiam mais - No Nordeste e no Sudeste o percentual dos que têm quase nenhuma ou nenhuma confiança é superior à média nacional, de 62%. Nas duas regiões sobe para 66% e 65%, respectivamente. Na região Sul cai para 53%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste é de 57%.

Homens x mulheres - O nível de desconfiança independe do sexo. Para homens e mulheres o percentual dos que tem quase nenhuma ou nenhuma confiança nas outras pessoas em geral é o mesmo, de 62%. Para 83% das mulheres, a maioria das pessoas só quer tirar vantagem. O percentual dos homens que dizem o mesmo é de 82%.

Fonte: MSN Empregos

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Metalúrgicas do ABC querem aumentar presença de mulheres no mercado de trabalho

Discutir a inserção das mulheres no mercado de trabalho, ampliar a participação da mão de obra feminina e defender políticas públicas são temas do terceiro congresso das metalúrgicas do ABC, aberto na noite de hoje (3) em São Bernardo do Campo. Na base do sindicato, que inclui quatro dos sete municípios da região, as metalúrgicas somam 15,2% da categoria, segundo o Dieese, o que representa 15,3 mil trabalhadores. Em 1998, as mulheres representavam 12,4%.
metalúrgicasPara a diretora-executiva do sindicato Ana Nice Martins de Carvalho, coordenadora da Comissão das Metalúrgicas do ABC e funcionária da Panex, apesar do aumento no percentual ainda há resistência do setor patronal para a contratação de mulheres. "Culturalmente, ainda há essa divisão de gênero, e a crença de que o trabalho nas metalúrgicas é pesado para as mulheres. No setor de eletroeletrônico e autopeças, por exemplo, encontramos bastante mulheres trabalhando, pois são funções que exigem o manuseio de peças pequenas e entende-se que as mulheres são mais delicadas para isso."
Além de menor participação no mercado, as mulheres recebem menor remuneração – o valor é 30% mais baixo em relação aos homens, embora o estudo aponte que a média salarial das metalúrgicas no ABC é 70% maior comparado ao restante do país. “Esse distanciamento se dá porque o ABC é o polo industrial que concentra muitas áreas técnicas e especializadas das montadoras, onde a remuneração é mais alta”, avalia a coordenadora.
Entre os avanços, ela destaca a implementação da licença-maternidade de 180 dias. "Temos praticamente 100% das empresas da base com a licença de 180 dias. Nossa luta agora é para que essa conquista chegue a todas as trabalhadoras do país. Por isso defendemos a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional), que está na Câmara e garante esse benefício a todas as trabalhadoras."
Pesquisa divulgada em julho de 2011, sobre o perfil do metalúrgico do ABC, mostra que das pouco mais de 15 mil mulheres na base, quase metade (47%) estava no setor automobilístico, sendo 16,7% em montadoras e 30,2% em empresas de autopeças. Outras 23% ficavam no segmento de metalurgia básica, 12% em máquinas e equipamentos e 14% em fabricantes de eletroeletrônicos. Das montadoras na base do sindicato (Volkswagen, Ford, Mercedes-Benz, Scania e Toyota), que concentram aproximadamente 30 mil trabalhadores, 8,6% são mulheres.
Entre as cidades da base, Diadema tinha maior participação de mulheres, que representavam 20% do total. Em seguida, vinham Ribeirão Pires, com 18% dos postos de trabalho ocupados por mulheres, Rio Grande da Serra (13%) e São Bernardo (12%).

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Recalls de carros crescem: até onde é possível perdoar as montadoras?

Apenas na última semana, três grandes montadoras anunciaram recall de seus veículos no País. Na quinta-feira 3, Volvo e Citroën recomendaram a troca de equipamentos na lanterna e na manta de isolamento do motor, respectivamente. Antes disso, no dia primeiro, a General Motors divulgou que 1,5 milhão de carros em todo o mundo tinham falhas na direção hidráulica que deveriam ser consertados. O principal problema da GM, no entanto, ocorreu em fevereiro, quando a empresa anunciou o recall tardio de uma peça defeituosa de milhões de veículos. A descoberta do problema pela companhia, contudo, foi em 2001.

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Problemas de fábrica: recalls podem afetar credibilidade com consumidores e trazer custos altos para montadoras  
A expectativa de uma alta multa sobre a montadora americana será confirmada ou não nos próximos meses.  A falha ou suposta irresponsabilidade da GM evidencia o aumento desses problemas no setor, inclusive no País. Só no ano passado, segundo a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), o País teve 109 campanhas para retorno de produtos defeituosos, 62% a mais que 2012. Desse total, o setor automotivo representou 56%. "As pressões para acelerarem o lançamento dos carros influenciam essa alta quantidade de recalls", diz José Roberto Ferro, presidente do Lean Institute do Brasil. “A velocidade não permite, muitas vezes, o teste adequado em todas as peças.”
 
Para especialistas, o recall não pode ser considerado um fracasso ou somente uma falta de cuidado por parte das montadoras. Muito pelo contrário. “É algo normal”, diz Paulo Roberto Garbossa, diretor da consultoria automotiva ADK. “Você nunca vê as concorrentes acusando as outras de falhas, pois sabem que todas estão abertas a isso." Com os consumidores, porém, essa visão não se repete.
 
Mesmo com o alto avanço do número de retornos dos carros às concessionárias, apenas seis de cada dez proprietários participam dos recalls, segundo dados da Senacon. Para o consultor e ex-vice-presidente da GM do Brasil, André Beer, o principal motivo é a banalização dos comunicados, que acabam até diminuindo a credibilidade da empresa junto ao seu consumidor. “Um recall custa caro, pois se leva em conta a troca de peças, manutenção e, principalmente, veiculação na imprensa”, afirma Beer. “Existem casos que uma correspondência para o cliente já resolve.”

No caso da GM, nem cartas foram enviadas para os consumidores. A empresa é acusada de omitir problemas mecânicos que causaram acidentes fatais de, ao menos, 13 pessoas. Diante de uma comissão do Comitê de Energia e Comércio da Câmara de Representantes, em Washington, a presidente da General Motors, Mary Barra, relatou que considera os erros ‘inaceitáveis e que será transparente com as investigações’. De acordo com autoridades americanas, o custo para reparar os problemas seriam de US$ 2 por veículo. "Uma empresa, em sã consciência, nunca trocaria a vida de seus clientes por menores gastos financeiros", diz Garbossa, da ADK.
 
Enquanto alguns cogitam que a multa da montadora americana será maior que a da Toyota, que precisará pagar US$ 1,2 bilhão aos Estados Unidos também por problemas de segurança, outros veem com descrença alguma punição mais rigorosa para a GM. “Estão circulando boatos que, como o governo americano colocou dinheiro na empresa em 2009, a GM deverá ter uma multa mais branda”, afirma Ferro, do Lean Institute.

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