quarta-feira, 24 de maio de 2017

Ser demitido é pior do que se divorciar, mostra pesquisa

Eu nunca fui demitida, mas parei para pensar e realmente deve ser mesmo.
Um relacionamento você coloca na balança e consegue entender os problemas que vinha convivendo.
Mas uma demissão, nem sempre entendemos o motivo que fomos demitidos, a empresa até poderá dar uma explicação, mas será que seria a verdade, se for por redução de custo e de repente alguém é promovido ou uma nova pessoa contratada, daí você já pensa, será que eu era o problema? Será que não estava realizando o esperado pela empresa? Mas porquê não conversaram comigo? Qual era a minha falha? São muitas e muitas perguntas que ficarão pendentes, que nunca saberemos, talvez por isso do resultado desta pesquisa.
Mas abaixo segue a reportagem publicada na revista exame. Boa leitura.

“Simplesmente não está funcionando” talvez seja uma das frases mais dolorosas de escutar - e é ainda pior quando vem do seu chefe.

Londres – “Simplesmente não está funcionando” talvez seja uma das frases mais dolorosas de escutar, porque leva a meses de angústia, auto questionamento e noites em claro. Mas é ainda pior quando essa frase vem do seu chefe.
Funcionários demitidos nunca conseguem recuperar completamente o nível de bem-estar, um indicador que inclui saúde mental, autoestima e satisfação com a vida, de acordo com dados fornecidos à Bloomberg nesta semana de uma análise de mais de 4.000 relatórios de pesquisa.
Perder um emprego pode ser um golpe duro, capaz de causar uma queda maior na satisfação com a vida do que enviuvar ou se divorciar, de acordo com a análise, realizada pela Universidade de East Anglia e do What Works Center for Wellbeing, um órgão independente montado pelo governo do Reino Unido.
Pessoas desempregadas vão ficando cada mais infelizes à medida que passam os anos. Sua maior esperança é encontrar um novo trabalho permanente — de preferência, com salário alto e muito prestígio — que consiga aliviar parte do choque.
Pessoas que perdem um parceiro, por outro lado, podem se recuperar.
“Depois que alguém perde um parceiro, [o bem-estar] cai profundamente e depois, em geral, volta aos níveis anteriores”, disse Tricia Curmi, do What Works Center for Wellbeing. “No entanto, não observamos isso em relação ao desemprego.”
O bem-estar dos homens britânicos volta aos níveis normais dois anos após a perda de um cônjuge e quatro anos após o fim de um relacionamento.
Mas e com a perda do emprego? Esse bem-estar continua declinando durante mais de quatro anos. Os homens têm maior probabilidade de sofrer mais com esse abalo do que as mulheres.
As pessoas podem superar lutos e divórcios. A empolgação de conhecer uma pessoa nova após uma separação pode fazer o coração disparar, mas as pessoas continuam sofrendo com o desemprego, de acordo com uma meta-análise de pesquisas realizada em 2011 por acadêmicos da Universidade Livre de Berlim.
Não há provas suficientes para afirmar irrefutavelmente por que ser despedido é tão devastador, mas pesquisadores vinculam isso à importância que damos a ter um emprego significativo.
“Nesta sociedade, ter um objetivo na vida significa estar trabalhando, contribuindo e ter esse status”, disse Curmi.
Apesar de resmungarem, as pessoas realmente dão importância para o trabalho que têm e ao apoio social que recebem dos colegas de trabalho.
Quase metade dos trabalhadores do Reino Unido está satisfeita com seu emprego e apenas 25 por cento estão insatisfeitos, de acordo com um relatório publicado no mês passado pelo Chartered Institute of Personnel and Development, uma associação de recursos humanos.
O impacto de ser demitido é particularmente acentuado entre trabalhadores mais jovens, mostra a pesquisa.
Ajuda da família e dos amigos pode aliviar os impactos piores. Pessoas extrovertidas se recuperam mais rapidamente, e até completamente, segundo a pesquisa.
A inspiração divina pode ajudar a aliviar a dor, disse Curmi. “Pessoas que frequentam igrejas regularmente sentiram um efeito de proteção em relação ao impacto do desemprego”, disse ela.
Fonte: exame.com

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário