quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Brasil pode cair para 9ª posição entre maiores economias

Até o final de 2014, o Brasil pode cair da sétima para a nona posição entre as maiores economias do mundo em termos nominais.
A estimativa é da Economist Intelligence Unit (EIU), braço de inteligência da revista The Economist.
Se o Brasil crescer 1,7% este ano e o dólar ficar em uma média de R$ 2,44, como prevê o governo no Orçamento, o PIB do país vai cair de US$ 2,2 trilhões para US$ 2,1 trilhões (usando um deflator de 5,9%).
Moedas de Real - dinheiro Isso colocaria o Brasil atrás da Índia (US$ 2,15 trilhões) e da Rússia (US$ 2,24 trilhões), que devem crescer 6% e 2,8% este ano, respectivamente, de acordo com as projeções atuais.
"O Brasil chegou a flertar com a sexta posição depois do pibão de 2010, mas isso não se sustentou. O crescimento do quarto trimestre surpreendeu, mas mesmo assim o crescimento dificilmente chegará a 2% este ano e 1,7% nos parece o cenário mais plausível", diz Robert Wood, analista da EIU com foco em Brasil.
Da mesma forma que o câmbio sobrevalorizado inflava a posição do país no passado, o câmbio mais fraco agora derruba a posição do país em dólar.
Com base no conceito de paridade de poder de compra, que estima o valor da moeda com base em uma determinada cesta de produtos, o Brasil já é a nona maior economia do mundo, de acordo com os últimos dados consolidados do Banco Mundial.
exame.com

sábado, 22 de fevereiro de 2014

A dose certa de informação

Trabalho e vida pessoal não se misturam. Durante décadas, os chefes repetiram essa frase como se fosse uma ordem inquestionável da presidência. No mundo do trabalho do passado, o profissional vestia uma fantasia de funcionário insípido e sem sentimentos para se adequar ao padrão frio e impessoal da firma.
Hoje se sabe que essa ordem é impossível de ser cumprida porque as pessoas são mais complexas do que a imagem idealizada pelos velhos patrões. Nos últimos anos, as empresas perceberam que é preciso respeitar a individualidade do profissional, pois as pessoas querem ser elas mesmas no trabalho.
Juliana Lorenzetti, da Clear Sale A ideia em voga hoje é que um ambiente saudável permite conversas francas e respeito à opinião do outro. Pesquisas em comportamento indicam que revelar características pessoais, crenças e emoções ajuda a estabelecer vínculos de confiança.
"Profissionais que demonstram autenticidade inspiram confiança e contribuem para o trabalho em equipe", diz lisa Rosh, professora assistente de gestão na escola Sy Syms de administração, da Universidade Yeshiva, em Nova York, que vem estudando a autenticidade no ambiente corporativo.
Apesar da maior abertura, o ambiente de trabalho ainda tem resquícios do passado de ser um lugar avesso a exibições de pessoalidade. Cria-se assim uma confusão: a pessoa quer falar o que pensa e é estimulada a ser autêntica, mas a mesma empresa que incentiva formalmente também reprime tacitamente demonstrações básicas de humanidade.
Qual será a medida certa? Segundo a professora lisa e sua colega Lynn R. Offermann, professora de ciências organizacionais e comunicação da Universidade de Washington, falar demais a respeito de si mesmo pode prejudicar o profissional. A constatação veio de mais de cinco anos de estudo sobre liderança, formação de equipes e habilidades de comunicação.
O prejuízo ocorre quando o profissional revela demais questões íntimas e demonstra sentimentos extremos, como a ira. Segundo Lisa, os profissionais perdem a noção de sinceridade por duas razões.
"Eles não conhecem seus pontos fortes e fracos e não sabem expor ideias adequadamente", diz Lisa. A incapacidade de encontrar essa medida pode trazer consequências para o profissional, que passa a ser visto como uma pessoa impulsiva e pouco confiável. "Ela será a última pessoa que alguém vai procurar para contar algo pelo medo de ter sua história divulgada nos corredores da empresa no dia seguinte", diz Lisa.
Medida exata
"Hoje, a autenticidade é minha aliada", diz Juliana Lorenzetti, de 33 anos, gerente comercial da Clear Sale, empresa de tecnologia de São Paulo. Mas nem sempre foi assim. Juliana precisou dosar a sinceridade. "Geralmente, a pessoa que quer ser autêntica age sem pensar, o que pode atrapalhar o trabalho e magoar as pessoas", diz Juliana, que no começo da carreira foi mal interpretada por ser franca demais.
Encontrar a medida certa só foi possível depois de analisar algumas situações em que a atitude lhe trouxe maus resultados. Hoje, Juliana sempre avalia o que deve ou não dizer e, claro, a maneira de falar. "A comunicação precisa acontecer para resolver algo, e não para causar um sentimento negativo", diz.
O limite para contar histórias pessoais está relacionado ao cargo que a pessoa ocupa na empresa. Segundo a coach Fattima Motta, sócio-diretora da F&m, de São Paulo, o profissional deve ficar atento para identificar os limites entre trabalho e vida pessoal e distinguir colegas de amigos.
"É preciso ter consciência desses dois papéis", diz. Paulo Schiavon, de 31 anos, diretor de mídia e business intelligence da Iprospect, empresa de marketing digital de São Paulo, costuma abordar questões particulares como forma de aproximar os funcionários. "Falo de minha família, de como comecei a trabalhar e das dificuldades que já passei", diz Paulo. "Isso ajuda a motivar meus funcionários e mostrar que sou parecido com eles", afirma.
Segundo paulo, a questão é não confundir autenticidade com ingenuidade. "Ser verdadeiro não signifca falar tudo o que pensa e para qualquer pessoa. Tem de ter filtro", diz. Antes de compartilhar questões pessoais, pergunte se a informação ajudará as pessoas a entender melhor seu pensamento e sua maneira de agir.
Contar histórias pessoais em demasia também faz a pessoa parecer desajeitada, carente ou mesmo instável. "Falar de assuntos pessoais tem hora e lugar certos", diz Adriana Néglia, consultora de carreira da produtive, de São Paulo.
Hora e lugar
Outro ponto importante é o lugar. Há empresas abertas e há aquelas em que será preciso observar a intimidade que os funcionários costumam revelar para poder se situar. Geralmente, nas companhias maiores, há mais regras e menos espaço para conversas abertas e pessoais. Mas isso não quer dizer que o profissional deva inventar um personagem de si mesmo para conviver no trabalho.
"Não exagere na impessoalidade nem invente história", afirma Lisa. Segundo ela, isso pode parecer óbvio, mas há muitos casos de executivos que inventam situações ou mudam totalmente de jeito para se ajustar à empresa ou a alguma situação. O importante é entender o ambiente e as pessoas que trabalham lá.
Algumas características negativas, como agressividade, nervosismo e ansiedade devem ser minimizadas no trabalho. "Se é uma pessoa explosiva em casa, não pode ser assim no trabalho. Isso pode gerar demissão e atrapalhar o trabalho em equipe", afirma Adriana.
Observar o perfil das pessoas com quem você convive também é essencial. Segundo o psiquiatra Carlos Eduardo Carrion, de São Paulo, se estiver lidando com pessoas muito invejosas ou competitivas, compartilhar pensamentos e experiências no escritório pode ser prejudicial.
"Elas podem usar isso contra você em outra oportunidade", afirma. Seja qual for sua personalidade, o segredo está no equilíbrio. É possível se expressar de forma verdadeira e mais próxima de sua personalidade, mas sem se esquecer de que o ambiente corporativo tem regras.
Quando a experiência pessoal é um exemplo que ajuda a melhorar uma situação, dividi-la vale a pena. Se não for esse o caso, guarde a história para a hora do café ou o almoço com os amigos. Seja você mesmo, mas com cautela.

Você S/A

Por que as pessoas atraentes têm mais sucesso?

Ninguém duvida de que inteligência, habilidade para trabalhar em grupo, espírito empreendedor e liderança são competências essenciais para quem deseja crescer na carreira. Pouca gente, entretanto, leva em conta o peso da aparência em uma trajetória profissional de sucesso.
Os advogados Luiz Guilherme Barreto e Rodrigo Souza Leite, de 34 anos, de São PauloMas o economista Daniel Hamermesh, da Universidade do Texas, acredita que esse fator esteja sendo subestimado. Ex-presidente da sociedade de economistas do Trabalho dos Estados Unidos e pesquisador do National Bureau of Economic Research naquele país, Daniel concluiu que pessoas com melhor aparência recebem salários até 20% maiores e, ao longo da carreira, somam, em média, 230.000 dólares mais do que as pessoas menos atraentes.
Além disso, os bonitões e as bonitonas têm maior probabilidade de ser promovidos e de permanecer empregados. Essas informações constam do livro de teoria econômica O Valor da Beleza — Por Que as Pessoas Atraentes Têm Mais Sucesso, publicado no Brasil pela editora Elsevier-Campus.
Desde os anos 70, Daniel pesquisa a correlação de salário e sucesso profissional com aparência física. Num desses estudos,
produzido pela Universidade de Michigan, entrevistadores classificaram voluntários em diferentes graus de beleza. Depois de cruzar esses dados com o salário informado por eles, concluíram que, quanto melhor a aparência, maior a remuneração.
Em outra pesquisa, publicada no Journal of Applied Social Psychology, fotos de estudantes de MBA foram avaliadas e comparadas com seu contracheque dez anos após a formatura. Entre os bonitos, a remuneração cresceu mais rápido desde o fim do curso.
Mas não são apenas as pessoas abençoadas pela natureza que podem desfrutar os efeitos da boa aparência sobre o contracheque. Pesquisadores da Universidade Harvard constataram em uma pesquisa recente que mulheres que usam maquiagem são avaliadas como mais confiáveis e competentes.
Além disso, uma enquete do site de empregos americano CareerBuilder com recrutadores apurou que, ao optar entre dois candidatos igualmente qualificados, estar bem-vestido foi considerado o terceiro critério mais importante, atrás apenas de senso de humor e voluntariado e à frente de conhecimentos gerais e familiaridade com as mídias sociais.
Sinais de que os cuidados conscientes para melhorar a aparência, acessíveis aos pobres mortais, também podem impactar positivamente a percepção de colegas e superiores sobre seu valor no mercado de trabalho.
Esporte para uma imagem mais ativa
Após contratarem um coach, os advogados Luiz Guilherme Barreto e Rodrigo Souza Leite, de 34 anos, de São Paulo, fizeram mudanças no visual. "Percebemos que o trato muito formal e a maneira como nos vestíamos afastavam novos clientes", afirma Luiz Guilherme.
Além de ternos com corte moderno e gravatas mais coloridas, Rodrigo mudou a alimentação e adotou a bicicleta para voltar para casa. "Perdi quase 14 quilos", diz o advogado, que considera que agora transmite uma imagem mais ativa.
As mudanças repercutiram nos resultados do escritório, que conquistou novos clientes, principalmente na área de informática.
Mais autoconfiança na competição do ambiente corporativo
Para a executiva Carolina Magri, de 33 anos, de Campinas, interior de São Paulo, o investimento na imagem foi um diferencial para crescer na multinacional em que era analista plena de marketing.
Em 2009, quando começou a buscar um cargo de liderança, intensificou os cuidados com os cabelos, investiu no guarda-roupa e incluiu corrida e pilates na rotina. Em pouco tempo, foi promovida a coordenadora.
"Estar bem consigo mesma ajuda a ter autoconfiança no mundo corporativo, muito competitivo. Meus líderes perceberam a mudança e me deram feedbacks positivos."

Você S/A

O sucesso é relativo, diz professor de Wharton

Até os 37 anos, Richard Shell, professor de direito e negociação de Wharton, a escola de negócios da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, não tinha uma carreira definida nem sabia que caminho seguir.
Já tinha se formado em língua inglesa e estava voltando de um sabático em que percorreu Grécia, Turquia, Irã e Afeganistão. Entrou na faculdade de direito, formou-se e começou a lecionar em Wharton. Na escola americana, tornou-se referência mundial em negociação.
Em 2005, passou a ministrar um curso no MBA da escola intitulado Literatura do Sucesso. Com base em filosofia, história e literatura, Shell leva os alunos a mergulhar numa jornada de conhecimento pessoal. "Instigo os alunos a descobrir a definição de sucesso para eles", afirma Shell.
Em agosto, ele lançou Springboard: Launching Your Personal Search for Success (em português, "Trampolim: lance sua busca pessoal para o sucesso"), seu quarto livro, ainda inédito no Brasil, sobre o qual ele concedeu a entrevista a seguir.
VOCÊ S/A - O que é sucesso para o senhor?
Richard Shell - As pessoas acreditam que é quando somos melhores do que os outros, ganhamos mais ou temos um cargo mais alto. Não é isso. Sucesso é quando você se sente bem consigo mesmo, com suas decisões.
VOCÊ S/A - Qual a melhor forma de redefinir o sucesso pessoal?
Richard Shell, professor da Escola de Negócios WhartonRichard Shell - Todo mundo tem a chance de definir o que é o próprio sucesso. Uma ótima forma é ficar atento na próxima vez que conversar com pessoas que não o conhecem muito bem. Sabe quando conhece alguém durante uma viagem e precisa contar a essa pessoa o que faz? Essa resposta, que resumirá quem você é, ajuda a revelar o que você estabelece como realização.
Faça perguntas como: "O que estou fazendo aqui?", "Como meus pais contribuíram para minha história?”, "Com que eu sonho?" Questões como essas o ajudam a relembrar sua história.
VOCÊ S/A - As pessoas frequentemente buscam ideais de sucesso que não são próprios, mas de pais ou amigos. Por que isso não funciona?

Richard Shell - Você se sente realizado ao fazer o que gosta. Quando conta isso para as pessoas, não tem problema nem precisa fazer esforço. Se você é engenheiro, por exemplo, porque seu pai desejava, toda vez que tiver de contar para alguém o que faz, vai ter de fazer um grande esforço.
Isso custa muito caro e traz muita insatisfação. O melhor mesmo é sair do armário e parar de fngir. Ter sucesso não significa apenas alcançar metas, mas sentir prazer nisso.
VOCÊ S/A - Para alcançar o sucesso é preciso ter um propósito? 
Richard Shell - Em um trabalho com significado você usa seus talentos, é recompensado por isso e as pessoas respeitam o que você faz, algo que geralmente acontece porque cumpriu bem a tarefa. Agora, quando você ganha para colocar em prática seus talentos e sua competência, você fica contente, aprende e se sente bem em relação a isso.
Ou seja, as chances de sentir prazer no que faz aumentam. E, quando você sente prazer, isso traz satisfação e você sente que tem um propósito. Isso é ter sucesso. Mas a gente raramente atenta para isso.
VOCÊ S/A - O senhor afirma que a incerteza é ótima. Mas sempre escutamos que, para ter sucesso, é preciso planejar a carreira ao máximo. Afinal, o que devemos fazer?
Richard Shell - As duas coisas devem andar juntas. A vida é como uma viagem, por isso faz sentido ter um plano. Mas há situações em que você não sabe o que virá depois. Algumas pessoas planejam tanto que não conseguem nem se lembrar da própria história. Porque, na verdade, nada aconteceu.
Sem contar que, se você tem um plano muito detalhado e algo dá errado, se sente totalmente frustrado. O oposto também é real. Se você não tem nenhum plano, não tem senso do que deve fazer e fica angustiado o tempo todo. E, nesse caso, a mente trava.
O melhor é ter um plano que lhe permita improvisar. Quando você não está totalmente certo, novas ideias surgem espontaneamente.  É disso que você se lembra na vida.
VOCÊ S/A - Como escolher um caminho? 
Richard Shell - A maioria acredita que devemos escolher apenas uma carreira. Mas grande parte das pessoas bem-sucedidas que conheço tem duas ou três carreiras. Elas aprendem e mudam as habilidades. As pessoas de sucesso veem isso como um experimento. É a chance de testar as reações, de ver se você gosta ou não daquilo. E, se você gosta, apenas admite e começa de novo.
VOCÊ S/A - Mas as pessoas têm medo de mudar.  Como devemos lidar com isso?
Richard Shell - Primeiro certifique-se de que você não está correndo de alguma situação, mas correndo em direção a uma. as pessoas, geralmente, estão fugindo. Elas precisam parar. Todo mundo tem indecisões e dúvidas. a vida fica mais interessante quando você não tenta se proteger do fracasso.
Nos momentos de dúvida, em vez de pensar que você não sabe o que fazer, é preciso buscar confiança. As pessoas que conheço que se sentem bem-sucedidas aprendem como falhar. É uma fonte de aprendizado.
VOCÊ S/A - Uma vez que se trabalhe em algo prazeroso, existe uma forma de ser mais produtivo?
Richard Shell - Sim. Trabalhar com pessoas parecidas com você. Deveríamos sempre trabalhar com pessoas que têm conhecimento, temperamento, crenças, experiência e interesses parecidos. Nas empresas, normalmente as equipes são formadas por profissionais que estão disponíveis. Isso resulta em equipes ruins.
E, mesmo que você trabalhe muito bem e dê o seu melhor, não chegará ao melhor resultado, porque você não se sente bem. As pessoas deveriam ter mais iniciativa e ser mais insatisfeitas com as escolhas que fazem por elas. Não têm coragem de dizer ao chefe que não trabalham bem com determinado colega.
O resultado de nosso trabalho é como uma planta. Se você plantar a mesma semente em diferentes terrenos, elas vão crescer de maneiras diferentes. o mesmo acontece conosco. Precisamos ter os melhores terrenos para ter os melhores resultados.

Você S/A

Autocrítica demais é pior do que nenhuma no trabalho

Lidar com o fracasso é uma dificuldade comum a todos os profissionais. Mas a maneira como uma pessoa reage à perda pode fazer toda a diferença no processo de superação e aprendizado que, no fim, leva a carreira adiante.
Homem com as mãos no rosto, indeciso, estressado, nervosoA autocrítica que sucede um erro, em geral, divide a humanidade em dois grupos: os que são muito rigorosos com as próprias limitações e os que são pouco. É raro encontrar quem acerte no julgamento que faz de si. Uma pesquisa publicada nos Estados Unidos neste ano dá um novo passo nesta discussão: quando se trata de autoavaliação, um pouco de falta de noção pode ser melhor do que excesso de rigor.
A psicóloga americana Juliana Breines, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, pesquisou como pessoas reagiam quando eram estimuladas a ser severas ou complacentes com os próprios erros. A conclusão de Juliana questiona a crença de que uma pessoa rigorosa demais com ela mesma aprende mais com os erros e melhora.
Segundo a pesquisadora, a autocrítica em excesso aumenta a procrastinação e impede a pessoa de avançar. Já profissionais que colocam a culpa em outras pessoas ou em fatores externos e se perdoam mais têm maior facilidade de encontrar a sintonia certa na avaliação que fazem de si.
"Ser compreensivo é uma estratégia eficaz para melhorar a autocrítica", diz Juliana. Nessa disputa entre excesso de rigor e falta de noção, é importante ser imparcial. Só assim, o profissional consegue identificar seus erros sem ser preguiçoso ou exigente demais consigo mesmo.
Avaliação equilibrada
Estratégias para um diálogo interior mais construtivo
Ria de si mesmo
Tente se afastar por alguns instantes do problema para entender quais aprendizados pode tirar daquelas circunstâncias. Isso pode ser muito reconfortante e, por vezes, até um pouco engraçado.
Evite rótulos
Especialmente os que são dramáticos demais, como ensina a psicóloga clínica Patricia Gebrim, de São Paulo. Palavras, como "fracassado", "incapaz", "incompetente" são geralmente generalizações injustas e descoladas da realidade.
Seja específico
Faça uma análise objetiva de seu comportamento para identificar problemas pontuais. "Quem tende a atribuir problemas da vida a muitas características da própria personalidade é mais propenso à depressão", afirma a psicóloga americana Juliana Breines.
Observe o mundo ao redor
Avalie as circunstâncias externas para tentar mudar. Por exemplo: se você se atrasa para o trabalho de manhã porque os amigos com quem divide o apartamento fizeram barulho na noite anterior, a responsabilidade é sua, mas o problema não está em você.
Ajude os outros
De acordo com a pesquisa da Universidade da Califórnia, a compaixão pelos outros ajuda os indivíduos a desenvolver uma perspectiva mais clara também sobre os próprios erros. Procure entender as falhas alheias e a perdoar.
Ouça outra opinião
A eficácia da autocrítica tem limite. Tem hora que só o feedback resolve. Converse periodicamente com alguém de sua confiança que possa ajudá-lo a avaliar melhor seu desempenho, a reconhecer seus méritos e a entender no que, de fato, é preciso se aperfeiçoar.

Você S/A

As empresas olham tudo dos funcionários nas redes sociais

Uma pesquisa feita pelo instituto Ibero-Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC) para VOCÊ S/A revela que é crescente o número de empresas que observam o comportamento de profissionais nas redes sociais tanto na hora de contratar como ao longo de sua permanência no emprego.
Tela com aplicativos de redes sociaisE o que elas querem saber pouco tem a ver com trabalho. O que conta mesmo são o posicionamento religioso e político, o vínculo com torcidas organizadas, a presença de fotos com conteúdo constrangedor e as manifestações de intolerância e preconceito. Até as curtidas no Facebook não passam despercebidas.
De acordo com o levantamento, que ouviu 623 executivos de RH de 577 empresas brasileiras de todos os tamanhos e de vários setores, o comportamento nas redes sociais pode influenciar a promoção de um profissional e levar a uma punição ou à demissão.
A pesquisa desmonta a ideia de que as companhias recorrem às mídias sociais apenas para fazer uma avaliação informal de funcionários e candidatos ou de que essa varredura só verifica aspectos profissionais, como o que está declarado no Linkedin.
O que o profissional faz nas horas vagas revela mais sobre quem ele realmente é e tem um peso maior em sua reputação. "As fronteiras entre o pessoal e o profissional desapareceram", diz Mauro Segura, diretor de marketing e comunicação da IBM e especialista em mídias sociais, do Rio de Janeiro.
O estudo mostra ainda que as pessoas costumam pensar na própria reputação digital no momento em que estão concorrendo a uma vaga, mas se esquecem completamente de cuidar da imagem enquanto estão empregadas. Profissionais ouvidos na pesquisa atribuem nota 8,2 à infuência das redes sociais na decisão de contratação, mas dão nota 1,8 ao peso das mídias na definição de uma demissão.
"É um equívoco que os profissionais cometem, porque a pesquisa aponta que, para as empresas, as redes sociais têm um peso maior na demissão do que na promoção", diz Alexandre Diogo, presidente do IBRC e responsável pela pesquisa, de São Paulo.
O problema da atividade das redes sociais é que as pessoas esquecem quanto seus passos no universo virtual são visíveis e quanto a conexão com o mundo real é nítida e traz refexos no dia a dia.
"Se um executivo frequentemente publica fotos com um copo de bebida na mão em festas, vão surgir comentários na empresa, e a imagem do profissional ficará marcada", afirma André Freire, presidente da Odgers Berndtson, empresa de seleção de executivos de São Paulo, explicando que os danos na reputação ocorrem em todos os níveis.
Embora sejam escolhas da vida privada, que nada deveriam ter a ver com trabalho, religião, política e futebol são assuntos aos quais as empresas evitam se associar institucionalmente. "As pessoas levam o sobrenome da empresa, e isso exige que elas adotem uma postura responsável fora do escritório", diz Henriette Fleig, gerente de RH da Tigre, empresa de tubos e conexões de Joinville, em Santa Catarina.
Reputação é um tema sensível, pois pode levar à perda de clientes ou à pressão de governos e sindicatos. Por isso também as empresas são refratárias a profissionais envolvidos em questões polêmicas — embora sejam poucas as que admitam isso publicamente.
Muitas já têm refeito contratos de trabalho dos funcionários para incluir cláusulas de comportamento nas redes sociais e de uso de aparelhos tecnológicos.
"Ao avançar, a tecnologia cria situações novas, que ainda não estão previstas em lei, e para se proteger as empresas criam instrumentos de cobrança", diz Hélio Ferreira Moraes, sócio e advogado do Pinhão e Koiffman Advogados, escritório especializado em tecnologia e comunicações, de São Paulo.
O comportamento digital tem aspectos pouco considerados por profissionais na hora de se manifestar. O primeiro é que muitos comentários são feitos no calor da hora, quando os ânimos estão exaltados — as declarações sobre política e futebol seguem bem essa regra. Outro item mal calculado por quem publica nas redes sociais é a repercussão das declarações.
"Comportamentos inadequados são notados pela organização porque os colegas espalham o que viram", diz Henriette, da Tigre. E aí entra o terceiro problema: o descontrole. Ao expor uma faceta íntima da própria vida, o profissional dá munição a outras pessoas para que façam comentários a seu respeito.
Em muitas ocasiões, ele nem fcará sabendo o que se diz a seu respeito. "Não há como impedir que as pessoas falem de você", afirma Mauro, da IBM.
Vontade de falar versus medo de se expor
Participar de redes sociais é um hábito incorporado à vida moderna. O desejo de ter uma vida digital esbarra, porém, nos cuidados que os profissionais devem ter para não prejudicar a si mesmos e a empresa em que trabalham.
Segundo Lynn R. Offermann, professora de psicologia organizacional da Universidade de Washington, a vontade de ter conversas abertas no trabalho e de contar histórias pessoais como forma de estreitar os relacionamentos faz parte do comportamento social atual.
As redes sociais reforçam e ampliam essa tendência. Porém, a exposição mal calculada de opiniões e histórias pessoais pode prejudicar a imagem do profissional. "Cria desconfiança e atrapalha o desempenho", diz Lynn.
Como proceder diante da vontade de existir no mundo digital e da pressão para não se expor? "As pessoas devem dar sua opinião, até para demonstrar suas convicções", diz Fernanda Lima, gerente de gente da Allis, empresa especializada em recursos humanos, de São Paulo.
"O que não pode é agredir quem tem uma posição contrária à sua ou ter reações explosivas." Segundo Adriana Neglia, consultora da Produtive, empresa de planejamento de carreira, de Porto Alegre, o que acontece é que as pessoas confundem autenticidade com falar o que pensam. "Autenticidade é ser você mesmo, expor seu ponto de vista de forma verdadeira, mas sem desrespeitar as pessoas e a cultura da empresa", diz.
Eliminando rastros digitais
Como apagar algo que você disse e do qual se arrependeu? Eliminar o rastro digital é tarefa difícil. Parte da atividade online se perde em sites e servidores fora do alcance, como informações pessoais publicadas por terceiros. Mas é possível gerenciar alguns dados. Entre as medidas ao alcance do profissional estão apagar publicações no Facebook ou no Twitter e "descurtir" itens nas linhas do tempo de amigos.
No entanto, há comentários que já podem ter sido compartilhados por seus contatos, e aí não há nada a fazer.
 Quer sair do Facebook? Faça o login, vá até Conta/Confgurações da Conta. Na parte inferior da primeira tela (Configurações), há um link para "Desativar Conta". Clique nele e aparecerá uma tela cheia de fotos de seus "amigos" e mensagens de como sentirão sua falta.
 Escolha uma razão para sua saída e certifque-se de marcar a opção para não receber futuros e-mails da rede social (senão poderá receber mensagens tentando convencê-lo a voltar para o site). Depois, basta deixar sua conta "desativada" e não fazer login por duas semanas.
Outra dica para evitar surpresas desagradáveis é não habilitar o Foursquare, que está disponível para todos os sistemas operacionais mobile e permite que seus contatos saibam os lugares por onde você passou.
"Não só seus amigos, mas todos podem seguir seus passos. É um prato cheio para bandidos. Então, é melhor não dizer onde você esteve", diz Ricardo Giogi, professor de MBA da Fiap em segurança da informação. "Da mesma forma que sair postando fotos em viagens com toda a família pode ser um risco. Muita gente dá informações de que deixou a casa sozinha."

Você S/A



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Criado em 2009, WhatsApp cresceu mais rápido que Facebook em 4 anos

WhatsApp Facebook (Foto: AP)"O WhatsApp está no caminho para conectar 1 bilhão de pessoas", afirmou Mark Zuckerberg, presidente-executivo e cofundador do Facebook. Talvez seja por isso que a empresa comprou o aplicativo por US$ 16 bilhões, negócio anunciado na noite de quarta-feira (19). Criado em 2009, o WhatsApp se tornou uma máquina de troca de mensagens entre pessoas, que não param de aderir ao aplicativo. Tanto que, com quatro anos de existência, o app possui quase duas vezes mais usuários que o próprio Facebook tinha com a mesma idade.
Em 2008, quatro anos depois de o Facebook nascer no dormitório de Zuckerberg na Universidade de Harvard, a rede social era acessada por 145 milhões de pessoas. Já o WhatsApp está presente no smartphone de 450 milhões.
A capacidade do aplicativo de mobilizar as pessoas e fazer com que ele continue sendo usado foram alguns dos motivos cruciais para o Facebook comprá-lo.
Para acalmar a legião de usuários preocupados com a aquisição, Zuckerberg tratou de dizer que não pensa em mudar a fonte de receita do app "nos próximos anos". Atualmente, o WhatsApp não mostra nenhum anúncio e pode ser baixado gratuitamente em todas as plataformas. No entanto, o aplicativo passa a cobrar uma assinatura anual de US$ 1 após o primeiro ano de uso.
Os esforços agora serão direcionados para engordar o número de usuários. Com apenas 10 anos de idade e atendendo a uma rede de 1,23 bilhão de usuários, o Facebook efetua a sua segunda aquisição bilionária. A primeira foi o aplicativo de fotos Instagram, em 2012, por US$ 1 bilhão.
1 bilhão de amigos
"Baseado em nossa experiência, acreditamos que o WhatsApp irá passar a marca de 1 bilhão de usuários nos próximos três anos", afirmou Zuckerberg durante a conferência em que comentou o negócio.
Se a previsão de Mark estiver correta, o WhatsApp chegará à casa do bilhão em sete anos, um a menos que o Facebook levou para arregimentar a mesma quantidade de usuários.
Todos os dias, 1 milhão de novos usuários passam a usar o WhatsApp. E ainda há espaço para crescer, acredita o executivo. "O WhatsApp não chama tanta atenção nos EUA quanto merece, mas sua comunidade cresce na Europa, Índia e América Latina".
Jovens
Aceito recentemente na família Facebook, o aplicativo foi sem querer o pivô de uma situação inconveniente para a rede social, admitida pelos próprios executivos da empresa no ano passado: os jovens norte-americanos frequentam cada vez menos o site.
O motivo, apontam especialistas, é a ascensão dos aplicativos de bate-papo, como o WhatsApp, mais atraentes aos adolescentes, público que dita as tendências no mundo da tecnologia. Jovens brasileiros disseram que a fuga também ocorre no Brasil.
Pelo visto, a solução encontrada foi comprar um desses apps. Antes de fechar negócio com o WhatsApp, o Facebook cortejou o Snapchat, aplicativo de envio de fotos que exclui as imagens após um breve período de tempo, mas a proposta de US$ 3 bilhões foi recusada.
Fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, na sede da rede social em Palo Alto, na Califórnia (Foto: Paul Sakuma, File/AP)Engajamento
A ideia de que o WhatsApp e todo o seu poder de engajamento poderia minar alguns dos serviços atrelados à rede social, como o aplicativo Facebook Messenger, foi afastada pelo CEO da rede social. "A combinação entre WhatsApp e Facebook vai nos permitir ter mais engajamento no mundo móvel", afirmou Zuckerberg.
"O engajamento extremamente elevado do usuário do WhatsApp e o rápido crescimento são impulsionados pelos recursos de mensagens simples, poderosos e instantâneos que prestamos", comentou Jan Koum, CEO do WhatsApp, por meio de nota.
"De fato, o WhatsApp é o único aplicativo mundial com tanto engajamento e utilizado por tanta gente diariamente além do próprio Facebook", disse Zuckerberg.
Lembra do Instagram?
A recente polêmica envolvendo a fuga dos jovens do Facebook, tendo os aplicativos de bate-papo como destino, e a aquisição por parte da rede social do mais proeminente deles lembra a última grande compra da companhia de Zuckerberg.
Em 2012, especialistas afirmavam que o maior desafio do Facebook era vencer em um mundo dominado pela cultura de compartilhar fotos pelos smartphones. No mesmo ano, a rede social desembolsou pouco mais de US$ 1 bilhão e comprou o Instagram, a maior quantia paga por um aplicativo até então.
Com a oferta de US$ 4 bilhões em dinheiro mais US$ 12 bilhões em ações feita pelo WhatsApp, essa transação passa a ser a maior.
O acordo também prevê um pagamento adicional de US$ 3 bilhões aos fundadores e funcionários do WhatsApp, que poderão comprar ações restritas do Facebook dentro de quatro anos. Com isso, os 55 funcionários que trabalham desenvolvendo o aplicativo acabam de entrar para o mundo dos ricaços. Além disso, o presidente-executivo e cofundador do WhatsApp, Jan Koum, tomará lugar no conselho administrativo do Facebook.

http://g1.globo.com

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Reuniões improdutivas não ajudam a ninguém; aprenda como melhorá-

Há um consenso nos escritórios de que reuniões coorporativas são ruins e cansativas. Mas nada que não possa melhorar. Segundo o escritor Tom Searcy, há algumas soluções simples: fazer reuniões breves, não cansar as pessoas com muitas informações e envolver a todos.

Antes de conseguir solucionar o problema, é preciso, primeiro, entender os motivos. Basicamente, reuniões são ruins por três razões:
ThinkStock
1) Apenasuma pessoa fala
Em uma reunião ruim, a maioria dos participantes está preocupado se o que é dito se aplicaa eles... e normalmente concluem que “não muito”. Reuniões fracas consistem em alguém falando e todo o resto fingindo que está ouvindo ou em uma conversa que envolve apenas algumas pessoas.
Como resolver: foque em tópicos que são importantes para a maioria das pessoas, chame só quem precisa entender e trabalhar com os tópicos em discussão e dê às pessoas informações que elas precisam.

2) Pauta confusa
A pior coisa sobre reuniões ruins é o fato de ninguém saber por que está lá ou o que se espera de sua presença.
Como resolver: deixe claro qual será o tópico discutido, quanto tempo irá durar, quem é responsável e o motivo do encontro.

3) Não explicar o que vem depois
Mesmo se a reunião for produtiva, terá sido em vão se não for esclarecido qual o próximo passo.
Como resolver: certifique-se de que todo mundo tenha entendido o que irá mudar ou como dar seguimento a o que foi discutido. Pense em reuniões como grandes investimentos dos quais você quer ter um ótimo retorno. Essa é a melhor forma de se motivar e focar nas soluções citadas. E, se você tiver uma reunião ruim, não se lamente, mas pergunte ao líder se ele precisa de ajuda.

Fonte: Forbes Brasil

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Efeito sanfona favorece diabetes, gordura no fígado e muitos outros problemas

Segundo dados inéditos da pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde, aproximadamente 51% da população adulta está acima do peso ideal - sendo que 17% dos brasileiros são acometidos pela obesidade. Desse percentual, boa parte pode estar enquadrada no chamado efeito sanfona, que é o famoso emagrece-engorda-emagrece. A endocrinologista Andressa Heimbecher, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, explica que o efeito sanfona acontece quando há uma variação mair que 1 kg por semana. Também podemos considerar parte desse fenômeno aquela pessoa que sofreu oscilações de peso iguais ou maiores do que 4 kg em um determinado período.

É sabido que a obesidade pode causar diversos prejuízos ao nosso organismo - mas pouco se fala dos malefícios causados pela oscilação de números na balança. Conversamos com especialistas e descobrimos os problemas da retomada de peso e os riscos de fazer dietas sem o acompanhamento de um profissional:

Alterações metabólicas

metabolismo - Foto: Getty Images Quando uma pessoa perde peso muito rápido, mecanismos hormonais são ativados, que sinalizam ao cérebro que a pessoa está passando fome, além de estimularem a redução do metabolismo como forma de poupar energia. "Quando acontece o ganho de peso após uma dieta muito restrita, o corpo ainda mantém o metabolismo mais lento, como se estivesse se preparando para um outro período em que 'vai passar mais fome'", explica a endocrinologista Andressa Heimbecher, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Além disso, quando acontece o aumento de peso, geralmente a pessoa ganha mais peso do que antes de ter começado a dieta, pelo mesmo mecanismo cerebral que fica se preparando para outro período de "passar mais fome". Segundo a especialista, o cérebro após o efeito sanfona passa a ignorar os sinais de saciedade que vem do tecido adiposo, como forma de proteção.

Favorece doenças

Aqui o problema é a sarcopenia - que é a perda muscular relacionada às dietas muito agressivas. Quando se faz uma dieta extrema que leva à perda de peso rápida, perdemos massa magra também. "Sabemos que o tecido muscular é importante para reduzir a resistência insulínica", diz a endocrinologista Andressa. Por isso, quando perdemos muito tecido muscular em uma dieta restritiva, e depois ganhamos tecido gorduroso ao engordarmos de novo, é criado um efeito chamado "sarcobesidade" que, segundo a especialista, "é justamente quando uma pessoa tem muita gordura e pouco músculo, ficando com a resistência insulínica alta, o que leva à piora dos quadros de diabetes em quem tem e muitas vezes ao desenvolvimento do diabetes em quem não tem".

Outra doença que piora com o efeito sanfona é a gordura do fígado (esteatose hepática). Quando uma pessoa faz uma dieta radical, pode entrar em estado de cetose - ou seja, o tecido adiposo começa a liberar a gordura estocada para ser usada como energia pelo organismo. A questão é que antes que essa gordura chegue aos órgãos para ser "queimada", ela passa pelo fígado, e muitas vezes quem tem esteatose hepática pode apresentar piora no quadro. "Por motivo semelhante ao da gordura no fígado, muitas vezes os níveis de colesterol ruim podem aumentar em algumas pessoas que apresentam o efeito sanfona, assim como o de triglicérides."

Dificulta o emagrecimento

O nosso tecido adiposo sinaliza ao cérebro quando está cheio e quando está vazio - ou seja, quando você está satisfeito ou quando precisa comer mais. No efeito sanfona, o cérebro passa a ignorar os hormônios que sinalizam que o tecido adiposo está cheio, permitindo que a pessoa coma mais. São adaptações do nosso corpo para não perdermos peso. "Toda vez que queremos emagrecer temos que lutar contra essa proteção do nosso organismo, que interpreta o emagrecimento como um sinal de alerta que, se não for reparado, levará a morte por deficiência de energia", afirma Paulo Giorelli, nutrólogo e diretor da Associação Brasileira de Nutrologia. De acordo com o especialista, nosso organismo foi preparado, na sua evolução, para se proteger do emagrecimento excessivo. "Possuímos mecanismos de defesa contra a perda de peso em maior número e de maior força do que àqueles que favorecem o emagrecimento - esse é um dos motivos que justificam o fato do emagrecimento ser difícil de conseguir e manter."

Implicações estéticas

"Alguns estudos mostram a relação entre alimentos com alto índice glicêmico e formação da acne, outros a ligação entre alterações hormonais e piora da acne", explica a dermatologista, Isabel Martinez, de São Paulo. Isso mostra, segundo a especialista, que o efeito sanfona pode contribuir para o aparecimento e piora do quadro, uma vez que a acne é fruto de alterações hormonais e acontece geralmente por uma ingestão excessiva de alimentos com alto índice glicêmico. Além disso, o estiramento da pele causado pelas oscilações do peso, somado a genética pessoal, pode favorecer as estrias. "A tensão em excesso exercida na área altera as fibras de colágeno da pele, levando a estrias."

O consumo de alimentos com alto índice glicêmico e o efeito sanfona também são vilões da pele jovem. Segundo a dermatologista, o envelhecimento da pele nesse caso se dá por um processo chamado glicação. A reação é simples e todo mundo conhece: na cozinha, os alimentos que formam a cor marrom quando expostos a altas temperaturas - como o pão torrado ou a calda de caramelo ? sofreram uma reação não-enzimática entre açúcares e proteínas. O produto final tem essa cor pois o alimento passou por alterações profundas na sua integridade e nas suas funções.

Esse fenômeno também pode acontecer em nosso corpo. Quando ingerimos uma grande quantidade de açúcar ele se concentra no sangue, podendo entrar em glicação com as nossas proteínas. "Isso danifica nutrientes importante dessa classe, como colágeno e elastina, resultando no envelhecimento da pele, flacidez e outros", diz a dermatologista Isabel.

O efeito sanfona também irá desencadear uma série de processos inflamatórios no organismo, uma vez que a oscilação de peso irá aumentar a quantidade de radicais livres no corpo. "Esse excesso de oxidantes na circulação pode reagir com outras moléculas, danificando células, DNA e novamente as proteínas como o colágeno e a elastina, responsáveis pela sustentação e elasticidade da pele."

Afeta a autoestima e autoimagem

"O ganho de peso após o emagrecimento pode ser visto como um fracasso pessoal, e não como consequência de uma doença crônica, a obesidade", diz o psiquiatra Adriano Segal, diretor de Psiquiatria e Transtornos Alimentares da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (ABESO). Esses julgamentos morais podem ser próprios, como dizeres como "eu sou incapaz", ou vindo de outros, que podem dizer "é só controlar sua boca que você consegue", ou algo no gênero. "É importante que a pessoa se conscientize de que a obesidade é uma doença e que precisa de tratamento crônico, uma vez que não tem cura."

O psiquiatra também explica que há um atraso neurofisiológico para percebermos nossa imagem corporal - normalmente, leva alguns anos para notarmos grandes mudanças em nosso corpo, como a perda de peso. "Assim, emagrecer e engordar rapidamente é mais prontamente percebido por meio de roupas, fotos ou comentários externos do que pela percepção da pessoa, como olhar-se ou no espelho ou para si mesmo", diz. Sendo assim, o efeito sanfona pode nos deixar confusos sobre nossa autoimagem, ou seja, a forma como acreditamos ser. Isso, somado ao sentimento de fracasso que pode aparecer, torna o período do efeito sanfona extremamente difícil para quem o sofre. "Por isso o emagrecimento deve ser acompanhado por profissionais sérios, com avaliação global da saúde e não apenas do número que aparece na balança."

Afeta a imunidade

"Podemos dizer com certeza que engordar além do normal faz sempre mal para a saúde", diz o nutrólogo Paulo. O os processos inflamatórios causados pelo excesso de tecido adiposo podem causar alterações no sistema imunológico, favorecendo o aparecimento de doença. Caso a pessoa não esteja se alimentando bem ou fazendo uma dieta restritiva buscando perder os quilos recuperados, pode haver uma deficiência nutricional que agravará ainda mais esse quadro.

Consequências da falta de acompanhamento

É certo que todo mundo que emagrece corre o risco de ganhar o peso perdido - seja fazendo uma dieta saudável ou um plano de emagrecimento maluco, sem acompanhamento médico e com muita restrição. Entretanto, esse último grupo certamente está mais vulnerável aos efeitos nocivos que esses acontecimentos podem causar.

Restringir grupos alimentares, ingerir uma quantidade muito baixa de calorias ou mesmo ingerir suplementos e outras medicações sem prescrição são atitudes extremamente perigosas. E, mesmo com acompanhamento médico, a necessidade de medicamentos deve ser muito bem avaliada pelo próprio paciente. Além do efeito sanfona e os riscos que o acompanham, você pode sofrer outros efeitos colaterais, como doenças relacionadas à baixa ingestão de nutrientes, problemas renais consequentes do uso excessivo de suplementos e tantas outras complicações. "A escolha tanto de uma modificação alimentar quanto o auxílio de uma terapia medicamentosa devem se apoiar obrigatoriamente na ajuda de um médico", diz o nutrólogo Paulo, da ABRAN.

Para que um tratamento possa fazer bem, é preciso que ele seja prescrito para quem precisa e por quem sabe. Cabe ao paciente relatar ao médico o que está sentindo durante o tratamento para fazer possíveis ajustes nas medicações e recomendações, pois ainda que haja o benefício da perda de peso, o processo de emagrecimento não pode ser algo sofrível, que afete o bem-estar da pessoa.

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Aprenda a usar o Facebook para conseguir um emprego com quatro dicas simples


ReproduçãoKevin Mueller estava no último semestre na Universidade de Miami e ainda não tinha encontrado um trabalho pós-graduação. Até que seu professor de marketing postou no Facebook um link sobre uma oportunidade de trabalho na Launchsquad, uma empresa de relações publicas em São Francisco. Muller, de 22 anos, respondeu o post e entrou em contato a administradora executiva da Launchsquad. Ele foi contratado.
Todas as buscas por trabalho deveriam ser fáceis assim. Não são, mas com o amadurecimento das mídias sociais, histórias como a de Mueller se tornam cada vez mais comuns. De acordo com uma pesquisa da Jobtive, 83% das pessoas à procura de um trabalho dizem que usam o Facebook em suas buscas, enquanto 36% usam o LinkedIn. Com os recrutadores a figura muda: 97% para o LinkedIn e 65% param o Facebook.
Com seus 1,23 bilhão de usuários, o Facebook é quase cinco vezes maior do que o LinkedIn, que tem 259 milhões de membros. Veja a seguir quatro dicas de como usar a rede social de Mark Zuckerberg para arrumar um emprego.
Por essa razão, pessoas que procuram um emprego deveriam usar o Facebook como rede de busca. Para saber como fazer isso melhor eu falei com Dan Finnigan, 51 anos, a oito anos o CEO da Jobvite. Finnigan apresentou quatro formas de usar o Facebook para encontrar um trabalho.
Complete seu perfil com histórico profissional
Clique em “Editar perfil” e procure por “Trabalho e  Educação”. Se você quer ser um dos 65% que conseguiram oportunidades de trabalho através do Facebook, separe alguns minutos pra preencher essas informações. Faz toda a diferença já apresentar estes pontos.
Classifique seus amigos
Isso parece um pouco complicado de fazer, mas, segundo Dan Finnigan, CEO da Jobvite, valerá a pena. Vá até a sua lista de amigos e coloque alguns como contato profissional. Dessa forma, você pode direcionar seus status relacionados a trabalho.
Poste coisas relevantes e responda aos outros
Cansado de fotos de cahorrinhos, Finnigan posta novidades sobre sua empresa, noticias sobre busca de trabalho e links de entrevistas feitas. Quando ele faz isso, está se aproximando das pessoas e mostrando qual o foco da sua atenção. Preste atenção nos posts dos seus companheiros de trabalho. “Pessoas querem ajudar quem os ajuda e gosta deles”, afirma Finnigan. “Quando se trata de alguém procurando um emprego, você quer responder oferecendo um emprego a ele.”
Procure por conexões de trabalho
Isso também era uma função associada apenas com o LinkedIn, mas o Facebook pode facilmente fazer a mesma coisa, além de estabelecer conexões com pessoas que você conhece pessoalmente.

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

10 coisas que as pessoas de sucesso fazem antes do café da manhã


O que você faz assim que se levanta pela manhã? “Se algo tem que acontecer, então tem que acontecer logo”, são as palavras de Laura Vanderkam, autora do livro “O que as pessoas de maior sucesso fazem antes do café da manhã” (tradução livre). Em artigo do Business Insider, Jenna Goudreau apresenta o trabalho desta autora, apontando doze traços comuns entre as pessoas pesquisadas por Vanderkam e seus rituais matinais, que você pode ler abaixo.
Acordar cedo
De 20 executivos citados pela autora, 20% afirmam acordar antes das 6h. Isto porque eles são consumidos por uma série de compromissos, problemas, reuniões e telefonemas uma vez que chegam aos escritórios, considerando precioso todo o tempo que conseguem pela manhã, antes de ir para o trabalho. Resultado: manhãs produtivas, para pessoas como Bob Iger, CEO da Disney, ou Indra Nooyi, CEO da PepsiCo, começam pouco depois das 4h.
Fazer exercícios
Uma das atividades matinais mais comuns entre os poderosos entrevistados por Vanderkam são os exercícios, que variam de musculação a yoga. Pessoas com agendas extremamente apertadas preferem se exercitar neste horário, justamente para não perderem a chance de fazê-lo mais tarde. É uma questão de prioridade: se o exercício é importante, praticá-lo no início do dia impede que ele seja deixado de lado, com a desculpa da falta de tempo. Vanderkam explica que exercícios físicos antes do café da manhã ajudam na redução de estresse, combatem os efeitos de gordura e melhoram a qualidade do sono.
Trabalhar em um projeto prioritário
O início da manhã é o momento ideal para concentrar sua atenção em um projeto especial ou prioritário. Isto porque você provavelmente não será interrompido e poderá se dedicar 100% a ele. A empresária Debbie Moysychyn, citada por Laura Vanderkam em seu livro, decidiu fazer isto após ter problemas com reuniões de última hora e interrupções durante o dia, e passou a escolher aquilo que de mais importante ela tinha para resolver, de forma a fazê-lo logo após acordar. Assim, ela pôde se concentrar.
Um projeto pessoal também pode ser interessante. Se você gosta de escrever ou fazer artesanato, ou qualquer outra atividade pessoal, mas sente que não consegue encontrar tempo, pode tentar praticá-la pela no início da manhã, quando o seu dia ainda não começou oficialmente.
Passar tempo com o cônjuge e a família
Dedicar este horário para os filhos, quando você está descansado, além de ser benéfico para eles, faz com que o seu dia comece num clima mais descontraído. Ler histórias (dependendo da idade), conversar sobre o dia anterior e tomar café juntos são ideias para aproveitar o início do dia.
Conversar com o cônjuge neste horário é a escolha de muitos empresários e empreendedores pelo mesmo motivo: não há o cansaço acumulado do dia, e a cabeça está fresca e aberta para se conectar, de várias formas.
Praticar networking
Trocar festas e almoços com contatos importantes por encontros para o café da manhã é uma opção para vários entrevistados por Vanderkam. Isto porque o almoço pode ser uma interrupção e as festas regadas a bebidas álcoólicas geralmente são menos produtivas. Christopher Colvin, advogado de Nova York, vai todas as quartas à um encontro de networking matinal e diz sair de lá ainda mais renovado do que quando acordou e pronto para enfrentar o dia.
Meditar
Vanderkam conta que também conversou com pessoas que precisam parar e dedicar um tempo à sua mente. A meditação ajuda com a desconexão de listas mentais e problemas a serem resolvidos e por isso muitas das pessoas estudadas pela autora preferem ficar por um tempo em um local reservado e meditar. Manisha Thakor, da startup MoneyZen, por exemplo, faz uma sessão de meditação pela manhã, com exercícios de respiração e repetição de mantras.
Planejar e criar estratégias
De acordo com a especialista, um dos hábitos matinais dos executivos é pensar no futuro da empresa. A importância de traçar planos é grande para muitos dos entrevistados, que o fazem bem cedo porque, durante a manhã, eles estão menos estressados e com a mente mais fresca.
Escrever as coisas pelas quais são agradecidos
Expressar gratidão pode colocar as coisas em perspectiva e deixar a mente no lugar certo antes de começar o dia. A executiva farmacêutica Wendy Kay contou a Vanderkam que passa um bom tempo da manhã escrevendo sobre as pessoas, lugares e oprotunidades pelos quais agradece, e isto a faz chegar no trabalho com uma visão clara para si própria e sua equipe.
Checar o email
Apesar de vários gurus de gestão sugerirem deixar essa atividade pra depois, muitos executivos de sucesso começam o dia olhando os emails, geralmente procurando as mensagens que precisam de resposta mais urgente. A escritora Gretchen Rubin, por exemplo, que acorda às 6 horas, responde suas mensagens assim que sai da cama. De acordo com Rubin, esse hábito faz com que assuntos prioritários comecem a ser resolvidos logo cedo.
Informar-se das principais notícias internacionais
Twitter, blogs, sites e jornais impressos são as principais fontes de informação daqueles que gostam de se informar do que está acontecendo no mundo logo cedo. Este conhecimento do que se passa em escala internacional pode gerar oportunidades de negócio e por isso muitos executivos colocam o consumo de notícias como prioridade nas atividades do dia. Jeff Immelt, diretor-executivo da GE, tem o hábito de ler jornal e assistir à televisão. Já o líder da Virgin nos EUA, David Cush, ouve o rádio enquanto se exercita na bicicleta ergométrica.

administradores.com.br

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O que você deve evitar no trabalho

Vejam a lista publicada na folha de São Paulo:
- Falar de assuntos pessoais no trabalho
- Roupas inadequadas no escritório
- Postura
- Críticas em público
- Falta de pontualidade
- Falar mal da empresa
- Desrespeitar a hierarquia
- Impor pensamentos ideiais
- Ausência de feedback
- Atmosfera negativa

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Mulheres são maioria entre os novos empreendedores

As mulheres estão comandando a abertura de novos negócios no país. Dados revelados pelo Sebrae a partir da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostram que 52% dos novos empreendedores – aqueles com menos de três anos e meio de atividade – são mulheres. A força empreendedora feminina é maioria em quatro das cinco regiões brasileiras. Apenas no Nordeste elas ainda não ultrapassaram os homens, mas estão quase lá, com aproximadamente 49% de participação entre os novos empresários.
Mulher empreendedora“A cada ano, o perfil do empreendedor brasileiro se torna mais feminino e mais escolarizado”, destaca o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. “As mulheres estão investindo em qualificação, buscam acesso às informações, não permitem amadorismo”, afirma. Prova disso é o índice de escolaridade: 49% dos donos de novos negócios – em que as mulheres são maioria – têm pelo menos o segundo grau completo. Já entre os donos de negócios estabelecidos (com mais de três anos e meio de atividade), – em que os homens são maioria – esse índice é de 41%.
A pesquisa GEM aponta ainda que 66% das mulheres iniciam uma empresa após identificar uma oportunidade de mercado. “Elas estão deixando de empreender apenas para complementar a renda da família ou por consequência de um passatempo”, reforça o presidente do Sebrae. Mesmo em um cenário praticamente de pleno emprego, em todas as regiões do país a maioria das mulheres que conduzem suas próprias empresas são movidas pela oportunidade e não pela falta de alternativas.
Boa parte desse resultado pode ser creditado à força do mercado interno brasileiro, fortalecido pela expansão da classe média. Mas, o fator determinante para o aumento do número de mulheres que empreendem é a flexibilidade para administrar o próprio tempo: gerenciar a própria empresa permite que elas consigam dividir o trabalho com outras atividades da vida familiar. “Isso não quer dizer que elas trabalhem menos, mas ganham autonomia para escolher seus horários”, completa Barretto.
A pesquisa GEM, uma iniciativa da London Business School e Babson College, é feita em 68 países, cobrindo 75% da população global e 89% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. No Brasil, ela é patrocinada pelo Sebrae e realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foram entrevistadas 10 mil pessoas de 18 a 64 anos, de todas as regiões, e 85 especialistas em empreendedorismo. Entre os ouvidos pela GEM estão desde pessoas que estão se preparando para iniciar um empreendimento até os que já estão estabelecidos no mercado.

exame.com

Viber chega ao Brasil para provar que é melhor que WhatsApp

App Viber em diversos smartphonesO Viber, aplicativo de mensagens instantâneas para celular, estabeleceu seu escritório no Brasil com o seguinte objetivo: provar que é melhor que o WhatsApp, seu maior concorrente no país.
“Temos tudo o que o concorrente tem, com a diferença de que seremos gratuitos para sempre e temos um serviço de ligação gratuita melhor do que qualquer outro”, afirmou em entrevista à EXAME.com Luiz Felipe Barros, presidente executivo da Viber para o Brasil.
Para ele, não será necessário destruir a concorrência. “Ambos os aplicativos são úteis à sua maneira, um não precisa excluir o outro”, disse.
A companhia, que foi criada em Israel, está fisicamente presente em países como a Índia, a Bielorrússia, Chipre e Vietnã. “Não estamos focando em nenhum país tradicionalmente voltado para a internet porque, nesses outros mercados, temos liberdade maior para crescer”, disse Barros.
O Brasil entrou na lista de investimentos por alguns motivos óbvios: tem uma das maiores populações do planeta, possui um dos povos que mais acessa internet no mundo e seu mercado de smartphones só cresce.
Outra razão é um pouco menos óbvia: o mercado brasileiro para o Viber se instalou praticamente sozinho. “Sem nenhum tipo de investimento da nossa parte, o Viber passou de 10.000 usuários no Brasil em 2010, quando surgiu, para 700.000 neste ano”, afirmou Barros. “Imagine o que poderemos fazer com uma ação focada para o país?”.
Nos próximos meses, a Inglaterra deverá receber seu primeiro escritório do Viber, e mais tarde talvez a França também o faça. Mas o foco da empresa continuará a ser os emergentes. “Vamos fazer muito barulho por aqui nos próximos meses, aguardem”, constatou Luiz Felipe, sem dar nenhuma pista do que esperar.
Só foi possível deduzir que o investimento não será em publicidade direta. “Alguma rede social se tornou líder de mercado com propaganda?”.

exame.com

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Telecom Itália e Vivendi cogitam fusão de TIM e GVT

Consumidor aguarda atendimento em uma loja da TIM, a unidade de telefones móveis da Telecom Italia, em MilãoO grupo francês Vivendi começa a aparecer como uma alternativa para o futuro da Telecom Itália no Brasil. Nas últimas semanas, um alto executivo do grupo italiano teve uma conversa preliminar com a direção da companhia francesa sobre uma eventual fusão das subsidiárias brasileiras GVT e TIM Brasil, de acordo com uma fonte envolvida com o tema.
No intrincado tabuleiro de acionistas da Telecom Itália, uma fusão teria apoio especialmente dos minoritários, que lutam para reduzir o poder da espanhola Telefônica no grupo italiano.
Dona da Vivo no Brasil, a Telefônica fez acordo no ano passado para aumentar ainda mais sua participação na Telco, holding que controla a Telecom Itália. Mas a ideia não agradou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que viu na medida uma concentração de mercado no País.
Por isso, a aproximação com a GVT é encarada pelos executivos da empresa italiana como a costura de “uma alternativa” para o futuro da TIM Brasil. Os franceses, segundo a mesma fonte, teriam recebido bem a ideia de fusão. Para eles, a associação também valeria como um “plano B” para o grupo Vivendi, que passou por tentativas frustradas de vender a GVT no passado.
Havia a expectativa de que a norte-americana DirecTV pudesse adquirir a empresa sediada no Paraná. Mas o negócio esbarrou no elevado preço pedido pelos franceses. Procuradas, Vivendi e Tim Brasil afirmaram que não comentam o assunto.
Defensores da proposta argumentam que o negócio daria grande sinergia às duas empresas e ofereceria perspectivas animadoras à TIM Brasil, segunda maior operadora do Brasil, mas que tem sofrido com a falta de capacidade financeira da controladora.
“Poderia ser criada uma concorrente de verdade para a NET”, diz a fonte, ao comentar que a TIM já tem grande carteira de clientes e a GVT já opera moderna rede e conteúdo de televisão por assinatura.
Para o especialista em telecomunicações Guilherme Ieno, do ponto de vista estratégico, a fusão faria sentido. “A TIM não é forte no fixo local. Agregar a GVT ao fixo significaria aumentar bem a presença nesse mercado.”
Além disso, segundo Ieno, a fusão representaria uma oportunidade para a GVT entrar em telefonia móvel. E a união das operações de internet também seria interessante para ambas.
Obstáculo
A Telecom Itália e a Vivendi contam atualmente com elevado endividamento e baixíssima capacidade financeira para alavancar novos negócios. Ou seja, uma eventual fusão da TIM Brasil com a GVT criaria uma empresa maior, mas sem capacidade de investir - característica vital para o competitivo setor de telecomunicações.
A falta de dinheiro, inclusive, foi a razão que atraiu a Telefônica para o capital da Telecom Itália. Quando os espanhóis ingressaram na dona da TIM Brasil, a intenção era oferecer um suporte financeiro à companhia. Dentro do grupo, a espanhola aumentou sua participação até o Cade determinar que a Telefônica venda suas ações em uma das duas operadoras.
Diante da posição do órgão antitruste e da influência crescente da Telefônica na Telecom Itália, circularam rumores de que a TIM poderia ser fatiada, em partes iguais, e vendida para a Vivo, Claro e Oi.
A operação agradaria sobretudo aos espanhóis, que consolidariam a liderança da Vivo no Brasil. Agora, com o plano alternativo, minoritários ganharam um importante argumento contra a suposta ideia de venda da operadora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 exame.com

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Descubra se você é um viciado em café

Infográfico: descubra se você é um viciado em caféCafé, ah... Só de ler essa palavra você já pode sentir o cheiro do café, o gosto dele, aliás, já está com vontade de tomar um antes de começar a ler esse texto. Controle-se por um momento e pense: será que você não está viciado em café? Será que seus parentes e amigos estão certos? Quer descobrir? Veja os 10 sinais a seguir:


Infográfico: descubra se você é um viciado em café

1 – Seu dia não começa sem que você tome um bom café

Você pode comer bolachas, tomar chás, água ou o que for, mas sente que o seu dia não começa e que você não acorda enquanto não toma um bom café.  

2 – Ficar sem café é um verdadeiro pesadelo para você

Mentalize a seguinte cena: você está entrando na sua cozinha depois de um cansativo dia de trabalho, abre o armário e... não encontra o seu café. Não sobrou nada do dia anterior e você não viu que o seu estoque estava vazio. Esse é o retrato do seu maior pesadelo? Talvez seja a hora de começar a se preocupar com o seu vício em café.  

3 – Os atendentes da sua cafeteria favorita já sabem o seu nome

Você chega à sua cafeteria favorita e antes mesmo de falar qualquer coisa os atendentes já olham para você e o cumprimentam dizendo o seu nome? Com quantas pessoas você acha que isso acontece? Realmente, com poucas. Ainda assim você não se acha viciado em café? Talvez você devesse ler o próximo item...  

4 – Na verdade, os atendentes da cafeteria do seu trabalho também já te conhecem

Porque, para você, tomar café apenas em casa não é bastante e se existisse um cartão fidelidade para cafeterias você com certeza já seria o cliente VIP delas.  

5 – Você tem um café favorito e não o troca por nenhum outro

Você não consegue entender como as pessoas conseguem trocar de marca ou estilo de café como se trocassem de roupas. Para você, o café é mais do que uma bebida: é um estilo de vida, único e inigualável, que você não troca por nenhum outro.  

6 – Sobremesa? Não, eu tenho café!

Trocar um café por uma sobremesa? Jamais, isso seria um crime para você! A não ser, é claro, que a sobremesa em questão fosse um bolo de café, ou um sorvete sabor café...  

7 – Você tem milhares de cupons cumulativos

Sua cafeteria favorita costuma fazer promoções do tipo “junte 5 cupons e troque pela sua bebida favorita” para fidelizar clientes, mas, no seu caso, isso não é necessário. Na verdade, você já é um cliente fiel, e toma tanto café que acaba juntando os 5 cupons necessários em apenas 2 dias.  

8 – A coisa mais valiosa da sua casa é a sua maquina de café

Cofres? Carros? Artigos eletrônicos? Nada disso é tão importante e valioso na sua casa quanto a máquina de café que está na cozinha, e você realmente acredita que ela foi a melhor compra da sua vida.  

9 – Você jura que vai parar de tomar café

Dói, mas você faz isso: em momentos de alto estresse, crises de gastrite e tensão sem motivos aparentes, você costuma fazer promessas do tipo “vou tomar menos café” ou “o café está começando a me prejudicar, tenho que cortar o hábito”. Mas eis que esses momentos passam, você fica feliz e saudável de novo e... Toma um café para comemorar.  

10 – Você ainda não acha que é viciado em café

Você leu essa matéria, se identificou com todos os itens e agora, refletindo melhor percebe que... Não, você não é viciado em café. Acha que isso é um exagero da Universia Brasil, afinal, você sabe que é só uma pessoa que gosta de tomar café, nada mais. E, aliás, já está pensando em comentar que “café demais” é uma expressão sem sentido, afinal, café nunca é demais.  
 

Fonte: Universia Brasil
Autor: Ana Paula Sanches (texto) e Gabriela Costa (infográfico)

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Starbucks mira no Brasil e garante: há planos de expansão

Clientes tomando bebidas do Starbucks em frente a uma cafeteria da companhia em Miami, FlóridaCom mais de 19.000 lojas espalhadas em 50 países, a Starbucks é uma das maiores redes de cafeteria do mundo. Ao desembarcar no país, em dezembro de 2006, a companhia focou no eixo Rio-São Paulo para cativar o público e consolidar a marca. Agora, sete anos depois, os planos são outros.
Com intenção de expandir para outras regiões do Brasil, a empresa de Seattle está migrando para o interior dos dois estados onde já atua. Cidades como Jundiaí, Campinas, Sorocaba, no interior paulista, e Niterói, no Rio, já contam com lojas e bom ritmo de vendas.

Em entrevista a EXAME.com, Renato Grego, gerente de marketing da Starbucks Brasil, explica quais são os planos da empresa americana no país e como eles pretendem levar a cafeteria para outros estados brasileiros.

EXAME.com: A Starbucks foi inaugurada em 1971 e apenas em 2006 veio para o Brasil. Por que demoraram tanto tempo?
Renato Grego: A princípio a companhia estava se consolidando nos Estados Unidos e, posteriormente, em outros países. Conforme a empresa foi crescendo e se consolidando, passou a ser apta para acessar outros mercados. Além disso, estudamos muito onde iremos atuar. Chegamos ao Brasil em dezembro de 2006, em São Paulo, e inauguramos modelos de lojas compatíveis com o consumidor brasileiro.

EXAME.com: Houve adaptação do cardápio para o mercado brasileiro?
Renato Grego: Sim. Antes das lojas brasileiras serem abertas elas já contavam com portfólio local. Desenvolvemos receitas exclusivas para o Brasil, que posteriormente foram levadas para outros países, como é o caso do pão de queijo, um dos itens mais vendidos. Também há a linha de sanduíches, brigadeiros, panetones e ovos de páscoa.

EXAME.com: Em 2013, a meta da companhia foi inaugurar 20 lojas no país. Para 2014, quantas lojas são previstas?
Renato Grego: Ainda não conseguimos passar um número exato, mas posso antecipar que sempre abrimos mais lojas do que no ano anterior. Em 2012 inauguramos 20 lojas, em 2013 estamos com meta para 30 e no ano fiscal de 2014, provavelmente, serão mais de 30 unidades.

EXAME.com: Vocês têm planos de ir para além do eixo Rio-São Paulo?
Renato Grego: Assim como qualquer grande empresa, temos interesse em expandir cada vez mais, não só para outras regiões, mas também por meio de novos canais de vendas. O Brasil hoje é uma das prioridades da Starbucks global. Atualmente estamos presentes em shoppings, lojas de rua e no aeroporto de Guarulhos, além de empresas e universidades.

EXAME.com: Há previsão de quando outros estados terão Starbucks?
Renato Grego: Até o momento não há uma data prevista, iremos consolidar a marca em outras cidades do Rio e de São Paulo para depois expandirmos para outros estados.

EXAME.com: Qual é a estratégia de negócio da empresa para expandir a marca no país?
Renato Grego: O brasileiro já é muito apaixonado por café. O nosso grande diferencial é que construímos a loja como o terceiro lugar mais frequentado pelo cliente: o primeiro lugar é a casa, depois o trabalho e o terceiro local é a Starbucks. Queremos que o consumidor se sinta em casa. Temos bebidas para agradar as pessoas em cada momento do dia, seja com café da manhã, da tarde ou da noite.

EXAME.com: Quais as perspectivas para 2014?
Renato Grego: Buscamos parcerias e mais negócios, porque queremos expandir a médio prazo. A marca está tomando um peso relevante, então estamos em busca de locais que sejam ideais para nós.
 
 exame.com

sábado, 1 de fevereiro de 2014

5 dicas de sucesso do estagiário que virou presidente da IBM

Rodrigo Kede, presidente da IBM no BrasilDesde 2012 a IBM no Brasil conta com o presidente mais jovem da sua história. Mas isso não significa que Rodrigo Kede, de 40 anos, não tenha trilhado um longo caminho na empresa até chegar ao mais alto posto da companhia.
Graduado em engenharia mecânica pela PUC-Rio, ele entrou na IBM quando ainda estava na faculdade. “Comecei como estagiário em 1993”, contou a internautas esta semana, durante o bate papo online Na Prática, organizado pela Fundação Estudar.
Ou seja, foram mais de 20 anos de experiência de trabalho na IBM e, por isso mesmo, fica mais surpreso com sua pouca idade para um cargo tão importante quem é de fora. “Aqui na IBM, as pessoas foram me conhecendo e acabou sendo natural”, diz ele que aos 33 anos já era CFO da empresa.
Mas não foi só o tempo de casa que o levou ao topo, é claro. Aliás, ele conta que esse nunca nem foi o seu objetivo maior de carreira.“Todo mundo quer crescer, ganhar dinheiro, mas, logo que me formei, minha cabeça era muito mais focada em desenvolvimento do que o pensamento de chegar nesse cargo ou naquela função”, diz.
E, por isso que deu certo, na opinião dele. Confira quais as regras que ele seguiu ao longo da sua carreira de sucesso e que podem servir como inspiração para muitos outros profissionais:
1 Sair sempre da zona de conforto
Acomodação, conforto e crescimento definitivamente não andam juntos, afirma Kede. “Tem que sempre estar fora da sua zona de conforto para crescer e progredir”, diz.
As etapas da sua trajetória confirmam que ele sempre seguiu esta regra. Pela IBM, trabalhou nos Estados Unidos, comandou divisão na América Latina, trabalhou com as regionais da Ásia, passou pelas áreas financeira, de operações e de negócios.
“Uma companhia que fatura 100 bilhões de dólares ao ano, tem 400 mil funcionários em 170 países dá essa chance de quase trabalhar em outra empresa estando na mesma”, diz.
2 Conectar-se com as pessoas dentro da empresa
As temporadas internacionais de trabalho pela IBM foram fundamentais para o sucesso, segundo Kede. E o networking é parte importante nesse processo. Por meio dele, as pessoas passaram a conhecer o seu trabalho e a confiar nele também.
“Além de conhecer outra cultura e trabalhar com coisas diferentes, tive a chance de me conectar com pessoas da companhia e isso me abriu várias portas e acelerou minha carreira”, conta.
3 Recursar-se a aceitar frases como: “isso não dá pra fazer”, “é muito complicado” , “ninguém nunca fez”
Sua filosofia de carreira sempre foi a de correr atrás das coisas. “Acredito plenamente que para ter uma carreira de sucesso é preciso sempre não aceitar o inevitável. Não consigo aceitar situações e pessoas dizendo que não dá pra fazer, que é muito complicado, que ninguém nunca fez”, conta.
4 Identificar-se com valores e pessoas dentro da empresa
A trilha de sucesso na IBM também relacionada à identificação com pessoas e com o propósito da companhia, segundo Kede. Foi isso que o motivou a continuar trabalhando e a recusar um sem-número de propostas de outras empresas.
“Fiquei na IBM porque gostava muito das pessoas. Gosto do propósito que é ligado ao desenvolvimento da sociedade”, diz.
5 Errar, aprender e corrigir
Impossível só acertar. Mesmo a mais bem sucedida carreira coleciona alguns tropeços. “Tem dia que volto para casa e penso que devia ter feito algo diferente.”, diz Kede. De acordo com ele isso é normal. “Você erra, aprende e corrige”, explica.

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