sábado, 30 de junho de 2012

Os mitos dos cursos de MBA internacionais

Wharton School
Muitos brasileiros estão aproveitando os bons ventos da economia nacional para partir para um curso de MBA fora do país. No entanto, na hora de tirar esse plano do papel, ainda sobram muitas dúvidas sobre processo de admissão, estilo de ensino e, principalmente, diferenças culturais.

Para que você não caia nos erros do imaginário tupiniquim sobre esse tipo de programa, EXAME.com listou os seis mitos mais comuns sobre os cursos de MBA no exterior.

1. A marca da escola pesa mais no currículo

Um dos primeiros impulsos de todo brasileiro que decide rumar para um curso de MBA no exterior é restringir suas inscrições ao processo de seleção de uma dúzia de universidades. Geralmente, as que constam no topo dos principais rankings especializados – e, portanto, mais famosas.

A razão para isso é até lógica. De olho no mercado de trabalho brasileiro no futuro, os profissionais focam nas escolas mais conhecidas pelos recrutadores locais. No entanto, o ônus desse tipo de decisão pode ser alto.

A começar pelos tropeços para conseguir passar por todo o processo de admissão. Exatamente por figurar no topo dos rankings internacionais, instituições como Harvard, Stanford ou MIT são cobiçadas por pessoas do mundo todo. Em outras palavras, nessas escolas, a concorrência por uma vaga nos cursos de MBA é, quase sempre, mais alta.

Os poréns não param por aí. No dia-a-dia do curso, o que vale é o grau de afinidade entre o estilo da escola e o perfil e aspirações profissionais do aluno. Sem um saldo positivo nessa equação, o profissional pode não aproveitar o programa da maneira mais adequada.

“A grande vantagem competitiva de fazer um MBA fora do país é o contato com outras culturas”, diz Marcelo Ambrósio, sócio da MBA House. “O que importa é o quanto a instituição potencializa essa experiência internacional”.

2. Preciso de uma carta assinada pela presidente Dilma

Boa parte das escolas de negócios fora do Brasil exigem que os candidatos apresentem uma ou mais cartas de recomendação durante o processo de admissão. Para muitos, isso significa que essa é a chance de impressionar a banca com os nomes famosos da sua lista de relacionamentos. Certo? Errado.

Pedir para que a presidente da República assine uma carta de recomendação pode até deixar a banca de queixo caído, mas não é garantia de que seu nome será cotado para ocupar uma das vagas do curso de MBA.

De acordo com Ricardo Betti, sócio-diretor da MBA Empresarial, nessa hora, o ideal é seguir um raciocínio menos pretensioso: “A melhor carta de recomendação é aquela feita por alguém que conhece você, que sabe como é o seu trabalho”. Em outras palavras, seu superior direto.

Ou seja, pedir para que o presidente da empresa, que não lida com seu trabalho no dia a dia, não conta pontos positivos para a avaliação final do processo de admissão dos MBAs em escolas fora do Brasil.

3. Nota alta no GMAT é suficiente

O desempenho no Graduate Management Admission Test (GMAT) é componente obrigatório do dossiê exigido pelas escolas de negócios estrangeiras. O exame, composto por uma prova de matemática e outra de inglês, tem o papel de medir o nível de aptidão lógica e verbal do candidato a um curso de MBA.

“O GMAT funciona como uma espécie de indicador de futuro. Ela mostra o quanto o aluno tem chances de ser bem sucedido durante o curso”, diz Miriam Viniskofske, sócia da The Point Academic.

Apesar desses fatores, um bom desempenho no exame não é sinal certo de que a sua vaga no MBA é garantida. “A prova do GMAT é apenas um dado do processo. Uma nota ruim derruba seu nome na concorrência, mas uma nota boa não garante a aprovação”, diz Betti, da MBA Empresarial.

4. Só milionários têm chance

O custo anual dos cursos de MBA estrangeiros podem assustar muitos brasileiros por aí. Para se ter uma ideia, na Universidade de Harvard, esse valor pode chegar a 79.400 dólares, com valores de moradia e alimentação inclusos.

Diante desses números, a ideia de que apenas profissionais abastados teriam condições para encarar esse tipo de exigência financeira até faz sentido. No entanto, essa concepção não é verdadeira. “O candidato precisa apresentar um plano concreto e factível de como irá pagar o curso”, afirma Betti.

Há uma série de alternativas hoje disponíveis no mercado para cumprir essa exigência. Uma delas são as bolsas de estudo oferecidas por organizações sem fins lucrativos. No Brasil, duas entidades mantêm programas desse tipo: a Fundação Estudar, em São Paulo, e o Instituto Ling, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Outra opção é pleitear uma bolsa de estudos junto às escolas de negócio em questão ou buscar uma linha de financiamento.

5. As notas que tirei na faculdade não valem tanto
Se você dedicou quase toda a sua trajetória profissional ao ambiente corporativo, provavelmente, já não se lembra mais do tipo de nota que tirava nos tempos de faculdade. No entanto, o seu grau de empenho durante o período da graduação será avaliado pela banca do processo de admissão das escolas de negócio estrangeiras.

Nesse sentido, a realidade brasileira é bastante diferente da experimentada em outros países. As empresas com operação no país, por exemplo, raramente exigem o histórico escolar durante o processo de seleção. O mesmo não acontece nos Estados Unidos, por exemplo. “Durante a faculdade, os americanos se preocupam em cultivar uma boa média de notas”, diz Daniel Corry, coordenador da unidade de Nova York da MBA House.

No entanto, de acordo com Vivianne Wright, sócia da MBA House, as notas do GMAT são exigidas exatamente para sinalizar o nível educacional do candidato. Se não fosse assim, segundo ela, seria impossível saber se o bom desempenho do aluno está ligado ou não à qualidade de ensino da universidade em que ele estudou.

6. Preciso ser poliglota

As notas nos exames de proficiência em língua estrangeira são outra exigência presente em quase todos os processos de admissão para cursos de MBA estrangeiros. De acordo com Vivianne, da MBA House, tanto a prova do GMAT quanto o TOELF (Test of English as a Foreign Language) requerem um nível de inglês mais acadêmico – habilidade que nem sempre é dominada por todas pessoas que conseguem se comunicar no idioma.

“No dia-a-dia dos cursos das melhores escolas, ter inglês fluente é obrigatório”, afirma Betti, da MBA empresarial. Isso porque, independente do estilo, os programas de MBA exigem uma participação ativa de todos os estudantes seja durante os estudos de caso ou trabalhos em grupo.

No caso de escolas que ficam em países cujo idioma oficial não seja o inglês, não é preciso bancar o poliglota. No entanto, segundo os especialistas, a instituição exigirá que o aluno estrangeiro faça um curso da língua local durante o período do curso.

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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Governo divulga na internet os salários dos servidores do Executivo

O Portal da Transparência publicou na noite desta quarta-feira (27) as informações sobre a remuneração dos servidores do Poder Executivo federal. A divulgação atende a Portaria Interministerial nº 233 que regulamenta a Lei de Acesso à Informação.

Entre os dados divulgados, está o salário da presidenta da República, Dilma Rousseff. Ela recebe remuneração líquida de R$ 19.818,49, segundo dados de maio deste ano. O salário bruto da presidenta é R$ 26.723,13, e corresponde ao teto do funcionalismo público. Do salário de Dilma são descontados R$ 6.473,86 de Imposto de Renda e R$ 430,78 de Previdência Social. A carga horária de trabalho é 40 horas semanais.

O portal


O Portal da Transparência é mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU). Para consulta, o cidadão poderá acessar o portal no endereço www.portaldatransparencia.gov.br e clicar na aba Servidores. O mecanismo de busca oferece a opção de fazer a pesquisa por nome, CPF, cargo ou órgão de exercício. De acordo com a CGU, os dados serão atualizados mensalmente.

O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, segundo nota divulgada pelo órgão, considerou um avanço a divulgação da remuneração dos servidores, e, sobretudo, das autoridades de nível mais elevado. "É um passo importante para a consolidação e o aprofundamento da cultura da transparência na administração pública brasileira”, disse.

As informações divulgadas não detalham descontos pessoais, como pagamentos de pensões ou empréstimos em folha de pagamento e benefícios, como auxílios, vale-refeição e vale-transporte.

De acordo com a CGU, até o dia 30 de junho, também serão divulgados informações referentes a verbas indenizatórias, como auxílio-alimentação e auxílio-creche. As informações referentes aos salários dos militares das Forças Armadas deverão ser divulgados nos próximos meses.

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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Google lança aplicativo que permite a chefes rastrear funcionários

A partir de agora, funcionários pensarão duas vezes antes de esticar o horário de almoço ou mentir uma consulta médica. Graças a um novo aplicativo criado pelo Google Maps que permite chefes rastrearem seus empregados.

O serviço custa 15 dólares por usuário e é chamado Google Maps Coordinate. Para utilizar é basta fazer download em um smartphone Android e o programa enviará a localização do funcionário atualizada a cada cinco segundos.
De acordo com o comunicado do Google, o propósito é controlar os funcionários cujo trabalho é exercido fora do escritório e facilitar o trabalho. A empresa ainda oferece o exemplo de uma companhia elétrica que poderá mandar o eletricista que estiver mais próximo a um chamado. Além de agilizar, as companhias poderão analisar a eficiência da sua equipe.

O porta-voz da Google afirmou que os funcionários não precisam temer a invasão de privacidade, já que o programa terá apenas a função nos escritórios e será inutilizável nos horários de folga. Lillie Coney, diretora do Centro de Privacidade Eletrônica diz que a tecnologia deveria permitir que os funcionários controlassem o nível de rastreamento, pois mesmo nos locais de trabalho as pessoas precisam de certa privacidade.

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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Quatro xícaras de café ao dia evitam insuficiência cardíaca


O estudo foi publicado nesta terça-feira no periódico Circulation: Heart Failure, uma publicação da Associação Americana do Coração. Esse resultado foi baseado na análise de outras quatro pesquisas sobre o consumo de café que, ao todo, envolveram 140.220 participantes e registraram 6.522 casos de insuficiência cardíaca, de janeiro de 1966 a dezembro de 2011.
Xícara com grãos de café De acordo com os autores do trabalho, a relação entre o café e a proteção ao coração segue o padrão da ‘curva em J’. Ou seja, quem consome a bebida moderadamente tem menos riscos de sofrer o problema cardíaco do que os abstêmios; mas quem bebe muito café, além de não se beneficiar, pode até prejudicar a saúde.

Mais um benefício à saúde foi atribuído ao café. Dessa vez, pesquisadores do Centro Médico Beth Israel, hospital ligado à Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, concluíram que quem consome moderadamente a bebida — ou seja, quatro xícaras ao dia — pode apresentar até 11% menos chances de ter insuficiência cardíaca.

Os pesquisadores não conseguiram, porém, explicar de que maneira o café age sobre o organismo, reduzindo o risco de insuficiência cardíaca. No entanto, eles lembram que outros trabalhos relacionaram o consumo de cafeína à proteção contra diabetes e hipertensão — dois fatores associados à doença. Evitando esses dois problemas, portanto, já seria um modo eficaz de diminuir as chances de insuficiência cardíaca.

Conheça a pesquisa

Título original: Habitual Coffee Consumption and Risk of Heart Failure: A Dose-Response Meta-Analysis

Onde foi divulgada: revista Circulation: Heart Failure

Quem fez: Elizabeth Mostofsky, Megan S. Rice, Emily B. Levitan e Murray A. Mittleman
Instituição: Centro Médico Beth Israel, hospital ligado à Universidade de Harvard

Dados de amostragem: análise de outras quatro pesquisas sobre o consumo de café que, ao todo, envolveram 140.220 participantes e registraram 6.522 casos de insuficiência cardíaca, de janeiro de 1966 a dezembro de 2011.

Resultado: quem consome a bebida moderadamente tem menos riscos de sofrer insuficiência cardíaca.

Saiba mais

INSUFICIÊNCIA CARDÍACAAcontece quando, em decorrência de uma determinada doença, o coração bombeia o sangue de maneira ineficaz, não conseguindo satisfazer a necessidade do organismo, reduzindo o fluxo sanguíneo. Embora possa acometer pessoas de todas as idades, é mais comum em idosos. Pessoas com insuficiência cardíaca grave devem utilizar dispositivos mecânicos ou receber um transplante

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terça-feira, 26 de junho de 2012

Você é insubstituível?

O PRESIDENTE da empresanervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos mostragráficos e olhando nos olhos de cada um ameaça:"ninguém é insubstituível". A frase parece ecoar nasparedes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores seentreolham, alguns abaixam a cabeça.

Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço e levanta...

Alguma pergunta? – E o PRESIDENTE se prepara para triturar o atrevido.

Tenho sim. E o Beethoven?

Como? – O PRESIDENTE encara o gestor confuso.

O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substitui o Beethoven?

Silêncio...

Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Picasso? Santos Dumont? Monteiro
Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Albert Einstein?

Todos esses talentos marcaram a história e portanto são insubstituíveis. Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho e no talento de seus liderados.

Se você ainda está focado em "melhorar as fraquezas" de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande.

“SOMOS SUBSTITUÍVEIS, MAS NÃO SOMOS ESQUECÍVEIS”


Prof. Itamar - Máxima Treinamentos

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A tecnoangústia do quanto é necessário saber

Num mundo em que as pessoas são cercadas de informações por todos os lados, não saber nada sobre certos assuntos pode ser tão importante para a saúde mental quanto o silêncio o é para a música
Por Renato Bernhoeft - administradores.com.br

Uma das avaliações que em muitas circunstâncias torna-se provocativa ao longo da vida é o quanto podemos - e devemos - saber. Com o crescimento da velocidade dos meios que nos dão acesso às informações foi criada inclusive uma expressão para caracterizar este sintoma. Ela se tornou conhecida como a 'tecnoangústia'.

O excesso de informação provoca a angústia típica dos tempos atuais e leva à conclusão de que, às vezes, saber demais é um problema.

Como curiosidade vale registrar que uma edição de fim de semana do jornal "New York Times" contém mais informação do que uma pessoa comum poderia receber durante toda a vida na Inglaterra do século XVII. Todos os anos são produzidos 1,5 bilhão de gigabytes em informação impressa, filmes ou arquivos magnéticos. Atualmente existem mais de 2 bilhões de paginas disponíveis na Internet. Até o início dos anos 90 a televisão brasileira tinha menos de dez canais. Hoje há mais de 100 emissoras no ar, em diversas línguas, com especialidades diferentes.

Por trás desses elementos, há um fenômeno mais geral. Países, empresas, escolas, famílias estão se rearticulando em outros modelos numa velocidade nunca vista. Mudar é um inferno para a maioria das pessoas. Mais infernal ainda é a sensação de que o mundo está girando a muitas rotações a mais do que nós mesmos.

Segundo o escritor americano Wayne Luke "o mal estar de nosso tempo é a inadequação, o sentimento opressivo de que as outras pessoas estão fazendo as coisas certas, lendo os livros que contam e usando os computadores e programas mais modernos enquanto nós estamos ficando para trás na carreira ou nos relacionamentos".
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Imagem: Thinkstock

Aos 65 anos, o americano Richard Saul Wurman – que é arquiteto por formação, construiu prédios, foi empresário, organizou eventos e durante muitos anos foi cartógrafo, mas considera que só atingiu o sucesso quando resolveu criar sua própria profissão, a de arquiteto da informação. Desde então escreveu mais de 75 livros sobre os mais variados assuntos, de medicina a mercado financeiro, sobre animais de estimação e turismo.

Diz ele que seu segredo é não saber absolutamente nada sobre o tema sobre o qual vai escrever. Assim, tudo que descobre é o que interessa à maioria das pessoas.
Para ele, "num mundo em que as pessoas são cercadas de informações por todos os lados, não saber nada sobre certos assuntos pode ser tão importante para a saúde mental quanto o silêncio o é para a música".

Mas não são apenas as pessoas que nunca usaram um computador que podem ficar ansiosas com os efeitos das mudanças tecnológicas. As notícias frequentes sobre os incríveis avanços da tecnologia provocam ansiedade entre todos nós.

Em certas áreas, os conhecimentos de uma pessoa podem ficar ultrapassados em seis meses. E um dos setores mais atingidos por estes avanços tecnológicos é o da própria tecnologia. Este setor não apenas usa tecnologias para desenvolver produtos e serviços, mas também investe pesadamente em pesquisa e desenvolvimento. O aspecto mais difícil da 'tecnoangústia' consiste em aceitar o fato de que precisamos mudar. Depois disso, será preciso encontrar maneiras de superar os medos que nos impedem de realizar as mudanças que nos permitirão ter êxito com a tecnologia – e não apesar dela.

Segundo os estudiosos do tema esta não é a primeira vez que o mundo vira de cabeça para baixo como resultado dos avanços tecnológicos. A transição da sociedade agrícola para a sociedade industrial, no início do século XIX, resultou em avanços tecnológicos. Um exame das cartas, diários íntimos e jornais, escritos e publicados na época, mostra que, a cada onda de mudanças, as pessoas ficavam mais e mais ansiosas.

Primeiro, houve o êxodo rural com a entrada das novas tecnologias no campo, pois estas reduziam a necessidade de mão-de-obra agrícola. O trabalho nas fazendas foi desaparecendo à medida que novas indústrias, como a têxtil, criavam empregos nas cidades.

Posteriormente alguns empregos urbanos também iam desaparecendo na medida em que as novas indústrias criadas pela tecnologia descobriam maneiras novas e mais eficientes de produzir bens.
Mas hoje, ao analisarmos o resultado final – que é a melhoria do padrão de vida dos países industrializados – dificilmente poderíamos dar total razão àqueles que eram contra as mudanças tecnológicas.

Caso este tema lhe provoque interesse, examine e reflita sobre as questões abaixo, elaboradas como sintomas típicos de quem está sofrendo a angústia da informação, extraídas do livro "Ansiedade da Informação", de Richard Wurmann:

1 - Por mais esforço que faça, não consegue sentir-se atualizado com o mundo a sua volta.

2 - Sente-se culpado cada vez que olha para a pilha de jornais, revistas e o volume de e-mails recebidos que não conseguiu ler.

3 - Fica abatido quando uma pesquisa na internet resulta num documento de dezenas de páginas, pois acredita que, se não ler todas elas, não saberá tudo o que deve sobre o assunto.

4 - Acena afirmativamente, sem convicção, sempre que alguém menciona um livro, um filme ou uma notícia que você, na verdade, nunca ouviu falar.

5 - Acha que o problema é seu e não do fabricante quando percebe que não consegue seguir as instruções para montar um aparelho que comprou.

6 - Cerca-se de aparelhos digitais na esperança de que a simples presença deles a sua volta ajude a torná-lo uma pessoa mais adaptada à alta tecnologia.

7 - Sente-se envergonhado quando tem de dizer "Não sei", mesmo que a pergunta se refira à sucessão no Nepal ou ao novo programa de correio eletrônico da Microsoft.

Enfim, aqui estão mais algumas reflexões sobre um dos fatores que pode aumentar a ansiedade e estresse das pessoas. Pense, reflita e analise. Caso algumas destas questões possam ter utilidade, não se constranja em usá-las.

domingo, 24 de junho de 2012

O posicionamento do CFA sobre as fraudes em concursos públicos

Causou-me grande preocupação a reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, veiculada no dia 17 de junho, tratando de fraudes praticadas por empresas especializadas em realização de concursos públicos, com prejuízos diretos aos candidatos de boa-fé que têm seus direitos solapados por práticas ilícitas, haja vista as irregularidades cometidas em benefício de apaniguados de políticos ou mesmo em razão da venda simples de vaga no cargo público em disputa.

Nossa preocupação, além daquela de cidadão que se indigna com práticas não idôneas, no âmbito da
Administração Pública, que prejudicam diretamente a sociedade, emerge pelo fato de que cabe ao nosso Sistema Conselhos Federal e Regionais de Administração (CFA/CRAs) a adoção de medidas administrativas relacionadas com a fiscalização das empresas que realizam concursos públicos, considerando que essa atividade se insere em campo de atuação profissional do Administrador, no caso a Administração de Pessoal/Recursos Humanos, conforme preconiza o art. 2°, alínea "b", da Lei nº 4.769/1965.

É nossa a responsabilidade institucional de proteger a sociedade contra atos dessa natureza, pelo menos no que diz respeito à fiscalização da conduta ética do profissional Responsável Técnico, registrado em CRA, bem como de condutas ilícitas de empresas prestadoras de serviços situados em áreas e campos da Administração, no que se refere ao controle administrativo, este relacionado a capacitação legal, ou seja, o registro da empresa em CRA.

Esse ponto, ou seja, o registro em CRA, merece especial destaque, e daí sobrelevamos sua importância, eis que somente através dele é que podemos alcançar, e até mesmo evitar, a prática de condutas ilegais e aéticas que tanto prejuízo trazem à sociedade.

Em situações dessa natureza, ou seja, como a que foi divulgada pelo "Fantástico", entendemos que cabem ações nos seguintes sentidos:

- em relação à pessoa jurídica (empresa que realiza concursos públicos): verificar se possui registro no CRA. Em não havendo, autua-la por exploração ilegal de atividades de Administração sem o competente registro. Em havendo, instaurar processo visando a apuração das irregularidades e, no caso de constatação, aplicação de suspensão do registro da pessoa jurídica pelo prazo de 5 (cinco) anos, com fundamento, por analogia, no art. 16, alínea "c", da Lei nº 4.769/1965. Esclarecemos que este último procedimento (suspensão do registro da empresa) tem alcançado êxito em alguns CRAs, inclusive com aceitação pela Justiça Federal. A decisão final administrativa deve ser encaminhada em forma de denúncia ao Ministério Público a quem cabe os procedimentos de responsabilização civil e criminal;

- em relação a pessoa física (profissional), este na condição de Responsável Técnico da empresa, instaurar processo ético visando apuração de suas responsabilidades e participação nas irregularidades. Havendo constatação, como consequência, aplicam-se, conforme o grau da irregularidade e da participação, penalidades previstas no art. 40 do Regulamento do Processo Ético, quais sejam: I - advertência escrita e reservada; II - multa; III - censura pública; IV - suspensão do exercício profissional de 30 (trinta) dias a 3 (três) anos; V - cancelamento do registro profissional e divulgação do fato para o conhecimento público.

Tais recomendações devem ser observadas em todo e qualquer ato por ventura apontado como ilegítimo praticado por empresas ou profissionais da Administração registrados em CRA, especialmente em relação ao registro de Atestados de Capacidade Técnica, documentos de comprovação técnica que habilita a empresa a concorrer em processos de licitação.

Sabemos que os CRAs mantêm vigilante e profícuo controle do registro de tais Atestados, mediante os estreitos ditames dos normativos aprovados pelo Sistema CFA/CRAs. Entretanto, à guisa de contribuição, solicitamos esforços redobrados nessa matéria face a obrigação legal que nos compete, ou seja, a defesa da sociedade enquanto entidades de fiscalização do exercício profissional.

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sábado, 23 de junho de 2012

Profissionais são a favor das redes sociais no trabalho, mas reconhecem impacto



Twitter, LinkedIn, Flickr, FourSquare, Facebook. Já não há mais como negar que as redes sociais vieram para ficar em nossas vidas. A grande polêmica sobre o assunto, porém, é até que ponto essas mídias, para o uso pessoal, são aceitas no ambiente profissional. E segundo pesquisa mundial da Kelly Workforce, há bastante aceitação entre gerações e culturas.

O levantamento, feito com 168 mil profissionais de 30 países, mostrou que dos que pertencem à geração Y (nascidos depois de 1980) 36% acham que o uso das redes deve ser aceito no ambiente profissional. O percentual cai levemente quando se trata da geração X, 30% e um pouco ais intensamente quando se trata dos Baby Boomers, 19%.

Entre as regiões do mundo, porém, as opiniões são um pouco mais constratantes. Os que mais acham aceitável usar as redes sociais – para uso pessoal - no horário de trabalho são aqueles que vivem na região Ásia-Pacífico (APAC). Por lá, 48% dos entrevistados foram a favor. Já no EMEA (Oriente Médio, Leste Europeu, África), 31% dos profissionais tiveram a mesma opinião.

Quando passamos para as Américas, o percentual recua bastante. Por aqui, apenas 16% dos entrevistados são a favor do uso das mídias no ambiente profissional. No geral, ou seja, levando em conta os profissionais de todos os países, 30% deles são a favor desse tipo de recurso no trabalho.

E o impacto na produtividade?
Apesar de serem a favor das redes sociais no trabalho, os profissionais reconhecem o impacto disso. Entre os da geração Y, cerca de 40% concorda que esse tipo de recurso traz impactos negativos na produtividade. O percentual dos que pensam da mesma forma cresce entre os profissionais da geração X (44%) e baby boomers (49%).

Da mesma forma, o estudo tenta entender qual o sentimento dos profissionais por região. E é nas Américas que existe o maior receito. Por aqui, 53% acreditam que o uso das redes sociais afeta negativamente a produtividades. No EMEA o percentual foi de 41% e de 34% na APAC.

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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Mudança no controle do Pão de Açúcar é neutra para ações, avalia HSBC


Loja do Pão de Açúcar
Loja do Pão de Açúcar: mudança no controle não deve afetar ações

São Paulo – Os analistas do HSBC acreditam que a transição no controle do Pão de Açúcar (PCAR4) para o grupo francês Casino Guichard-Perrachon deve ser tranquila e sem grandes impactos na ação da varejista brasileira.

Em relatório enviado para clientes, os analistas Francisco Chevez e Manisha Chaudhry mantiveram a recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de 120 reais, um potencial de valorização de 58,9%.

Para as atividades do Pão de Açúcar, os analistas apostam que a notícia é positiva. “Com o controle, o Casino deve consolidar os resultados do Grupo Pão de Açúcar, o que deve aumentar os investimentos no Brasil e acelerar o crescimento orgânico”, escreveram os analistas.

Abilio pode exercer opção de venda de ações

Os analistas do HSBC lembram que Abilio Diniz tem, por meio do acordo de acionistas da Wilkes (holding dona da varejista brasileira) duas opções de vender suas ações na empresa.

Ele pode exercer a opção de venda de 500 milhões de ações ordinárias do Pão de Açúcar (ou um milhão de ações, após agrupamento) ao Casino por 10,5 milhões de dólares. Nesse caso, após dois anos, Diniz poderia exigir uma compra de 19,4 milhões de ações (após o grupamento) pelo Casino.

A segunda opção seria exercer o direito a venda das ações por um período de oito anos a partir do dia 22 de junho de 2014, exatamente um ano de hoje.

“Não está claro se ele optará por exercer a opção. Entretanto, consideramos ambas as possibilidades como neutras para os acionistas minoritários do GPA”, resumem os analistas.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Inovação sem criatividade: interessa?

Muitas empresas podem até valorizar (e cobrar!) ações inovadoras das equipes, mas culturas organizacionais engessadas acabam tolhendo a criatividade e comprometendo o surgimento de novas (e boas!) ideias
Por Fábio Zugman - administradores.com.br

No post de hoje, começamos respondendo ao leitor Augusto Brito, que nos pergunta qual comportamento é mais importante nas empresas atuais: ser "criativo" ou "inovador"?
Caro Augusto, a criatividade é um processo. Ela pode ocorrer no nível individual, como quando você chega a uma ideia nova, ou em grupo, como quando sua equipe de trabalho propõe uma nova estratégia para um produto da empresa. Quando falamos em criatividade estamos falando nos processos mentais e comportamentais que levam pessoas e grupos a chegarem a novas ideias. Uma inovação é o produto da criatividade. Dessa forma, podemos sim dizer que uma pessoa, um grupo ou até uma empresa são inovadoras, desde que elas tenham um histórico de novidades realizadas.
Ajustando nosso vocabulário, então, dizemos que pessoas criativas podem ser consideradas inovadoras se tiverem sucesso com suas ideias.

Voltando à sua pergunta, você questiona ainda o que seria mais importante nas empresas atuais, e minha resposta aqui precisa ser pragmática: muita calma nessa hora.

Outro leitor dessa coluna, o Roberto, enviou uma experiência de um projeto em que ele trabalhou um ano mas que ainda não conseguiu colocar em prática. O Roberto levantou, então, a questão: apesar de tudo que se fala sobre inovação, no caso do Brasil em particular, as pessoas e empresas ainda não colocam a mão no bolso para arcar com ela?
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Imagem: Thinkstock

Augusto e Roberto: Sou um grande defensor do estímulo e ensino da criatividade. A criatividade, de projetos empresariais a tocar um instrumento, dançar ou pintar um quadro só tem a enriquecer a vida.

Há uma diversidade de pesquisas que mostram que o retorno do trabalho criativo não é somente financeiro, como quando um produto dá certo ou você consegue vender um quadro ou ser pago para tocar, mas também refletem uma melhora na qualidade de vida, na satisfação com as realizações pessoais e até com uma melhor perspectiva sobre nossas realizações quando olhamos para os feitos de nossa vida em retrospecto. Um histórico de criatividade em qualquer área pode ajudar a diminuir o sentimento de vazio que muitas pessoas têm ao chegar em diferentes etapas da vida, olhar para trás e sentirem que não realizaram nada. Tirando qualquer ganho financeiro, por si só esse efeito terapêutico do trabalho criativo deveria ser suficiente para a criatividade ser mais estimulada nos diferentes setores da vida.

Agora vamos ser pragmáticos: é de minha opinião que a maioria das escolas não está preparada para ensinar tal coisa, e a maioria das empresas, apesar dos discursos, não só não está preparada, como costuma punir funcionários que tentam ser criativos.

Esse comportamento por parte das empresas pode ocorrer por diversos motivos, que depende de empresa para empresa. A causa pode ser operacional: muitas empresas dependem da repetição de padrões e comportamentos. Qualquer desvio do comportamento estabelecido pode ser visto como uma falha do sistema, e punido e consertado de acordo. A causa pode ser de desenho organizacional: há empresas que separam os setores e pessoas "criativos" dos "não criativos". E enquanto os "criativos" são cobrados para chegar a coisas novas, os "não criativos" continuam realizando tarefas repetitivas, e podem até assumir uma posição de funcionário de segunda classe dentro da empresa (como é o caso de muitas empresas de publicidade, que tratam seus "criativos" de modo muito diferente do pessoal "operacional"). Em muitos outros casos a causa pode ser ainda cultural: locais, chefes, empresas e culturas podem exibir elementos como autoritarismo e aversão ao risco. Se você está em uma cultura bastante hierarquizada e que as pessoas não lidam bem com perdas, terá dificuldades em ser criativo.

A lista continua, mas o fato é que, por uma infinidade de motivos, apesar de ser moda anunciar ao mundo como determinada empresa é criativa ou inovadora, nem sempre esse é o caso, ou nem sempre todas as pessoas dentro de uma empresa possuem a autorização para exercer a sua criatividade. Portanto, Augusto, é importante sim ser criativo, mas se sua empresa não valoriza isso, procure outras formas de expressar sua criatividade. Aprenda uma habilidade, arranje um novo passatempo ou atividade para fazer em suas horas livres. O local em que você ganha seu sustento não precisa ser o mesmo onde você exerce sua criatividade.
Voltando ao Roberto. Costumo ouvir com certa frequência pessoas afirmarem em minhas palestras que o brasileiro já é um povo criativo por natureza. Volta e meia ouço exemplos como Santos Dummont, Paulo Coelho ou Romero Britto.

Eu pergunto, então, se a aeronave que o Santos Dummont desenhou é a mesma que entramos quando queremos atravessar o oceano, pergunto quantos brasileiros figuram em listas de artistas mundialmente famosos, quantas patentes, artigos científicos ou qualquer outra medida de comparação temos como um país em relação a outros. A verdade é que, para um país de 190 milhões de pessoas, ainda temos muito pouco a mostrar quando se trata de inovação.

Como aprendemos acima, a inovação é a medida da criatividade. Apesar de pequenos avanços e algumas pessoas que conseguem brilhar em uma ou outra área, ainda temos muito a aprender. Essas mudanças, que passam pela cultura, legislação e vão até a psicologia individual não acontecem de uma hora para outra. O importante a manter em mente é que, do ponto de vista individual, precisamos ter a consciência de que a criatividade pode sim ser frustrante. É, sim, algo difícil. Mas, sem dúvida nenhuma, vale a pena.
 
 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Administração: o grande segredo está no óbvio

Entenda com Peter Drucker por que o caminho para os grandes resultados não está nas fórmulas  complicadas, mas sim nas mais simples.
Por José Wanderley - administradores.com.br

Para se conhecer a essência da Administração, nada melhor do que recorrer a Peter Drucker, considerado o guru dos gurus. O que distinguia Drucker de muitos outros era a capacidade de ver o óbvio e, como já dizia Nelson Rodrigues, "só o gênio vê o óbvio". E este óbvio corresponde à identificação dos princípios universais da excelência, ou seja, aquilo que torna possível desempenhos e resultados de alto nível.

O que deve ser enfatizado é que estes princípios são universais, ou seja, válidos para todas as épocas, tempos, contextos e culturas, mas a sua aplicação não é. A aplicação é caso a caso, específica para cada contexto e situação. Assim, o que deu certo no passado, ou em outras culturas, se aplicado mecanicamente na situação atual, pode redundar em grave equívoco. Portanto, o sucesso ou o fracasso de uma empresa ou um administrador está na identificação e na dependência direta da boa ou má aplicação destes princípios.
É sempre bom ter presente o que afirma o Prêmio Nobel Ilya Prigogine: "a era da certeza acabou".

Isto quer dizer que vivemos num mundo de crescente complexidade, ambiguidade, incerteza e insegurança, e o risco está sempre presente. E como não existe solução mágica, a capacidade de pensar, refletir e agir tendo como algumas das bases estes óbvios ou princípios faz a diferença entre a boa e a má Administração.
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Para que complicar, se as soluções estão no óbvio? (Imagem: Thinkstock)

Vamos a eles:

O produto final do trabalho de um administrador são decisões e ações

Uma empresa sobrevive ou não, tem êxito ou fracassa, de acordo com as decisões, escolhas e ações que fez ou faz, de suas estratégias e foco, seus sistemas de crenças e valores, lideranças, estilo gerencial, processos, estruturas, pessoas que seleciona e o sistema de treinamento e desenvolvimento que adota.

E decidir não é nada fácil. Assim, um estudo conduzido por Paul Nutt, professor da Universidade de Ohio, abrangendo um período de 19 anos com executivos e gerentes de 365 empresas, mostrou que mais de 50% das decisões, de uma forma ou de outra, fracassaram. Reforçando este estudo há a constatação da demissão ou da aposentadoria forçada de um número razoável de CEOs. Só no ano de 2000, por exemplo, foram cerca de 40 em empresas da lista da Fortune 500, tais como Compaq, Gillette, Hewlett-Packard, Xerox e Motorola.

E o que vale para empresas, também vale para nações e pessoas. Assim, o que cada um de nós é hoje, pessoal ou profissionalmente, é consequência destas escolhas e das ações adotadas para efetivá-las. Algumas escolhas são essenciais e importam em decisões sobre nossa religião, profissão ou papel social. Outras são operacionais, como a roupa que vamos vestir hoje para ir trabalhar.

O que deve ficar registrado é que, por um lado, de uma forma ou de outra, estamos sempre decidindo, pois não decidir já é uma decisão, e pode se constituir na chamada decisão por omissão. Por outro, que toda decisão é uma escolha entre alternativas e que tudo o que se faz na vida é uma alternativa, pois sempre é possível estar fazendo alguma coisa diferente. Mais ainda, a sua decisão é tão boa quanto a melhor alternativa que você conseguiu criar ou encontrar. Também considere que, na pior das hipóteses, "você pode não controlar o vento, mas pode controlar a vela".

Você pode decidir sozinho ou junto com outras pessoas. Quando você está decidindo com outras pessoas, você está negociando. Negociação não é nada mais do que comunicação e processo decisório compartilhado.

O administrador deve ser eficaz e eficiente ao mesmo tempo

O administrador eficaz é aquele que sabe o que é importante, agrega valor e contribui significativamente para se chegar à excelência de resultados. Em última instância, compreende as situações de acordo com o Princípio de Pareto, que reza que existem algumas poucas coisas relevantes em relação a muitas coisas triviais, inúteis e até mesmo perniciosas. E o que é fundamental para se ser eficaz? É a capacidade de avaliar. O megabilionário Warren Buffet quando perguntado pela razão do seu sucesso, respondeu: "É a minha capacidade de avaliar". Assim, quem não souber avaliar, jamais será eficaz. E mais ainda: a forma como uma pessoa avalia uma situação revela muito do que ela é, dos seus padrões de funcionamento e modelos mentais.

Já a eficiência está ligada à ação. Eficiente é aquela pessoa que faz muito bem o que se propõe a fazer ou o que lhe é pedido para fazer. E a eficiência começa por uma boa preparação. Benjamin Franklin já dizia por volta de 1750: "Quem não leva a sério a preparação de algo, está se preparando para o fracasso". Portanto, quem quiser fracassar já sabe a receita. É só não levar a sério a preparação.

Existem 4 situações, como se segue:
  • Alta eficácia e eficiência. Estes são os administradores excelentes, que sabem o que deve ser feito e fazem bem o que deve ser feito;
  • Alta eficácia, mas baixa eficiência. São aqueles que sabem o que deve ser feito mas não fazem. Muitas vezes por falta de iniciativa, procrastinação ou medo do fracasso. Também podem ser aqueles da turma do "eu não disse que não ia dar certo?";
  • Baixa eficácia e alta eficiência. Estes são administradores perigosos, pois são cheios de iniciativa e ação. São os "fazedores", mas que por não terem uma compreensão mais profunda do que estão fazendo, podem provocar muitos estragos. E se ainda por cima, tem influência e poder, vão culpar todo mundo pelos seus erros e estragos;
  • Baixa eficácia e eficiência. Estes nem mesmo podem ser chamados de administradores. São os chamados desistentes ou com desamparo adquirido.

O objetivo da Administração

Mas para que possamos decidir e agir com eficácia e eficiência, é preciso ainda continuar com Drucker. "O objetivo da Administração é levar as pessoas a atuarem juntas, tornando sua força eficiente e sua fraqueza irrelevante. Para tanto, a Administração lida com a integração de pessoas dando a elas objetivos e valores comuns. Também é trabalho da Administração tornar viáveis à empresa e a cada um de seus membros o crescimento e o desenvolvimento que precisam para fazer face às mudanças, enfrentar adversidades e aproveitar oportunidades. Isto significa que cada empresa é uma instituição de ensino e aprendizagem".

Mas o que deve ficar claro, por um lado, é que os verdadeiros valores de uma empresa são expressos pelos exemplos e comportamentos de seus líderes e não por jargões e slogans dependurados nas paredes. E por outro, que cada empresa é uma estrutura dinâmica em constante transformação para fazer face aos desafios, adversidades e demandas do meio ambiente. E, como disse Jack Welch, "Se o nível de mudança interno está abaixo do nível de mudança externo, o colapso é iminente". É por isto que uma pesquisa constatou que um terço das empresas que um dia foram as maiores do mundo e figuraram na lista da Fortune 500, não existia mais.

Mas para concluir, e entendermos ainda mais a questão, podemos recorrer ao que disse, Adam Smith, considerado o pai da economia, em meados do século XVIII: "A riqueza de uma nação está, em última análise, no conhecimento e no talento de seu povo, bem como na sua capacidade para organizar e aplicar o conhecimento, utilizar e desenvolver com eficiência os recursos humanos".

Em última instância, a essência da Administração, bem como o papel dos administradores, é contribuir de maneira fundamental para a construção da riqueza e prosperidade da sua nação e para o desenvolvimento do talento do seu povo, seu recurso mais importante.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Executivos: 7 erros que podem destruir uma empresa

Por Marcos Morita - administradores.com

Há alguns dias escrevi um artigo listando sete erros frequentes que devem ser evitados por profissionais de diversos níveis hierárquicos, baseado em atitudes e comportamentos. Fui solicitado a pensar nas falhas mais comuns cometidas por executivos e profissionais de alto escalão. Tarefa um tanto quanto simples, considerando que apenas precisei observar meu próprio comportamento, assim como o de colegas e superiores. Difícil foi conseguir uma brecha na agenda lotada e extenuante, considerando que estamos em junho, mês de fechamento do segundo trimestre. Vamos então as dicas, as quais, espero, possam ser úteis.

Os fins justificam os meios:
metas irrealistas, pressões por resultados de curto prazo e cobranças desmedidas das chefias, podem fazer com que o executivo acabe cometendo deslizes ou faltas éticas, ferindo princípios contábeis e normais internacionais. É comum fabricantes estocarem seus parceiros de canal, oferecendo descontos para que comprem além da quantidade normal. Verbas de marketing, prorrogações de títulos e devoluções são algumas das consequências.

Tudo é urgente: conheci profissionais que não distinguem a diferença entre urgente e importante,
tornando todo e qualquer assunto como a hora da morte, principalmente aqueles solicitados pela chefia imediata. Esta postura de desespero acaba contaminando seus subordinados e a área, cujo clima organizacional tende a se deteriorar rapidamente, trazendo conflitos, desmotivação e desligamentos. Nem o melhor dos motores resiste andar em alto giro durante 30 dias seguidos.
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Imagem: Thinkstock

Efeito casulo:
apesar de declinante, conheço gerentes e diretores que passaram longos períodos em uma só empresa, fechando-se para o mercado. Em alguns casos o casamento um dia acaba, trazendo uma sensação amarga de traição e negação. Como um marido recém-separado, precisam reaprender a procurar emprego. Considerando que grande parte das vagas de alto nível é preenchida pelo famoso QI, não é difícil prever que terão dificuldades. Sei que pode parecer chavão, porém manter uma rede de networking é um hábito salutar. Um almoço por semana basta. Palavra de quem já sofreu na pele.

Longe da escola: da mesma maneira que existem profissionais que vivem para estudar, aproveitando suas férias para cursos de atualização, há aqueles que só pensam em trabalhar, passando longe dos bancos escolares. Um currículo repleto de realizações e conquistas, obtidos a custa de muitas horas extras e finais de semana. Ter apenas a graduação no CV poderá atrapalhá-lo, uma vez que perderá a noção das teorias e modelos aplicados em outras empresas e setores.

O alpinista: há muitos executivos que acabam pulando etapas em sua carreira, ocupando rapidamente postos de direção. Em geral, profissionais com escolas de primeira linha, idiomas e experiências internacionais, utilizam sua inteligência criando estratégias que os levarão ao topo. Pouco jogo de cintura em relacionamentos interpessoais e falta de liderança, frutos da experiência, podem ocorrer. Em épocas de organogramas horizontalizados, promoções laterais são também interessantes.

Faça como os políticos: em anos eleitorais tudo é possível, até coalizões entre Maluf e Lula, aqui em São Paulo. Não obstante o disparate, o importante é aprender a habilidade em formar coalizões e costurar acordos, imprescindíveis no alto da hierarquia. Em grandes corporações, conhecer e trafegar bem nas complexas estruturas organizacionais pode fazer a diferença, por exemplo, na aprovação ou não de um projeto.

O efeito formiga: muitos chefes acabam sempre com a mão na massa, seja por gostarem do trabalho do dia a dia, não confiarem em seus subordinados ou não delegarem de maneira apropriada. Sempre atolados de trabalho, acabam se escondendo das maiores decisões, sendo vistos como operacionais pela chefia. Apesar do nobre propósito, um dos papéis a desempenhar pelo executivo é o marketing pessoal. Como já dizia o ditado, quem não é visto não é lembrado.

Com raras exceções, grande parte dos setores e indústrias tem vivido momentos de queda em seus faturamentos, cujos planos, construídos com base no eufórico ano de 2011, estão muito aquém do previsto. O humor das empresas e dos executivos costuma refletir o clima econômico vigente, apesar das previsões otimistas de Guido Mantega. Neste cenário um tanto quanto encoberto e com os nervos a flor da pele, nunca é demais tomar alguns cuidados.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Golpe transforma concursos públicos em cabides de emprego

Passar em um concurso público não é fácil. E pode ficar praticamente impossível se as vagas já estão marcadas. O Fantástico mostra o golpe que transforma concursos em cabides de emprego. A fraude beneficia parentes e assessores de políticos em todo o país.

Repórter: Quantos concursos o senhor acha que já fez?
Dono de empresa: Uns 500.

Repórter: De cada dez concursos que o senhor fez, em quantos houve fraude?
Dono de empresa: Oito.

Repórter: Você me dá o gabarito antes?
Dono de empresa: Fala baixo.

Dez milhões de brasileiros participam de concursos públicos a cada ano. E uma quantidade incalculável deles está sendo passada pra trás. Veja o que o Fantástico apurou: em todos os 26 estados do Brasil e no Distrito Federal, os ministérios públicos investigam algum tipo de fraude em concursos públicos. É maracutaia em todo o país! Só na Bahia, por exemplo, foram 36 casos de irregularidades em concursos. Em Mato Grosso do Sul, as questões de um concurso foram copiadas de uma prova feita antes, no Pará. E, no Maranhão, um analfabeto foi aprovado graças ao esquema montado por um secretário municipal, parente dele.

Veja o que o ex-dono de uma empresa que fraudava concursos conta. Ele diz que agora se afastou dessa atividade:

Repórter: Qual era o perfil dos candidatos beneficiados aprovados fraudulentamente?
Ex-dono de empresa: Unicamente apadrinhados políticos da administração municipal.

A maior parte das fraudes acontece nos concursos municipais. Prefeitos e vereadores contratam uma empresa para organizar a prova e indicam os candidatos que eles querem ver aprovados.

“A esposa do prefeito passou em primeiro lugar, a secretária de educação passou em primeiro lugar no outro cargo, o secretário de administração passou em primeiro lugar em outro cargo”, conta uma mulher.

Em Novo Barreiro, no Rio Grande do Sul, aconteceu um caso curioso: uma mulher, que tentou se beneficiar da fraude, mas acabou reprovada, resolveu denunciar o prefeito. “Ele chegou lá na minha casa e falou assim: ‘os meus eu tinha que deixar bem. Eu fiz o concurso dessa maneira porque eu não ia fazer um concurso para passar qualquer um’”, lembra.

O prefeito Flavio Smaniotto não quis comentar a acusação. “Irmã do secretário de administração, sogra do secretário de administração, primo do secretário de administração”, diz. A fiscal de um concurso em Itati, no Rio Grande do Sul, notou que vários candidatos entregaram a prova quase em branco e mesmo assim foram aprovados. “Sobrinha do prefeito, sobrinho do prefeito, filho do prefeito”, conta.

É a oficialização do cabide de empregos. “O perfil que nós identificamos é sempre de alguma forma ligado ao administrador. Ou por laços de parentesco, ou por afinidade partidária, político-partidária, ou até mesmo quem já presta serviços ao Executivo”, explica o promotor de Justiça Mauro Rockembach.

Trinta e oito candidatos foram indiciados na cidade, mas a maioria deles continua a ocupar os cargos conseguidos irregularmente.

Durante dois meses, com uma câmera escondida, o Fantástico gravou conversas com representantes de empresas que organizam concursos públicos.

No início, o contato é cauteloso, como aconteceu com Marcos Perin, dono da empresa Inova.

Marcos Perin: A partir de hoje, não pode mais ter contato comigo, tá?
Repórter: Não, não.
Marcos: Contato zero.

Os empresários não querem deixar pistas. Luiz Pereira de Souza é o dono da Ascon: “O importante é não falarmos por telefone. Telefone é brabo”.

Mas depois de um certo tempo, a conversa com os empresários fica explícita. Clóvis Pauleti é sócio de Marcos Perin na Inova.

Repórter: Você consegue aprovar três?
Clóvis Pauleti: Dez vagas, três, eu consigo.

Para algumas empresas, o repórter Giovani Grizotti se apresenta como assessor de uma prefeitura paranaense. Para outras, como assessor da câmara de vereadores de uma cidade gaúcha. A investigação foi feita com conhecimento tanto do prefeito quanto do presidente da câmara.

Repórter: Cinco a senhora garante a aprovação?
Neide Ferreira: Cinco eu posso garantir.

Neide Ferreira é dona da empresa DP. Para ficar com o contrato, ela negocia propina ao suposto assessor da prefeitura e o valor da fraude já vem com a previsão do imposto.

Repórter: O imposto da minha comissão a senhora joga no valor do contrato?
Neide: É, no contrato.
Repórter: Vamos supor R$ 19 mil. Vamos dizer que eu fique com R$ 3 mil, aí ficaria R$ 22 mil.
Neide: R$ 22 mil. Daí eu jogaria com R$ 22,5 mil.
Repórter: R$ 500 de imposto.
Neide: É.

Luís Pasinato é representante da empresa Lógica. Quando o repórter diz que quer indicar oito candidatos, Luiz responde que isso tem um preço: “Digamos assim que eles aceitem pôr oito. Eles pedem em torno de R$ 5 mil por caso”.

Repórter: R$ 5 mil para aprovar cada candidato?
Luís Pasinato: Candidato indicado eles pedem R$ 5 mil.

Aqui, se negociar direito, ganha desconto.

Repórter: Esse valor que você me deu, R$ 5 mil, é o que a empresa costuma cobrar?
Luís Pasinato: Vamos ver. É o que costuma, mas eu estou pensando que é para dois, três cargos. De repente, para essa quantidade, fique bem menos.

E o representante da Lógica pede mais um dinheirinho por fora, na conta dele: “Como é um caso de extremo risco para mim, de alta confiabilidade, melindroso, eu sempre peço alguma coisa por fora. É para engrossar um pouco para valer a pena. E aí eu gostaria que você me depositasse, assim que estiver contratado e tudo definido, R$ 3 mil na minha conta”.

É a comissão da comissão. Ou seja: além de pagar para as empresas, paga-se também propina para o representante da empresa. Negócio fechado. Agora o suposto assessor quer saber como os seus candidatos serão aprovados no concurso.

“Isso aí você deixa comigo que eu sou especialista. A gente faz o concurso com tudo normal, bonitinho. A pessoa faz a prova e não comenta com ninguém. Depois, nós trocamos o gabarito”, explica José Roberto Cestari.

Repórter: Tira o cartão que o candidato preencheu e bota um cartão com as respostas certas.
Luiz Pereira de Souza: Isso.

“Só que ele não pode bater com a língua nos dentes e falar: ‘não passei’. Se ele falar ‘não passei’, seja para quem for, como é que você vai ajeitar a vida do cara?”, ensina Celso Rangel de Abreu.

Celso Rangel de Abreu é diretor da empresa RCV e explica como faz a fraude: “Ele tem que dizer que foi bem. ‘Foi bem, acho que deu pra passar’. O que eu vou fazer para essa meia dúzia? Eu vou imprimir novamente os cartões-resposta, vou pedir para ele assinar”.

Repórter: Ou seja, o cartão-resposta vai ser trocado.
Celso: Vai ser trocado.
Repórter: Onde ele marcou errado, você marca certo.
Celso: Eu marco certo.

Foi isso que a fiscal do início dessa reportagem descobriu ao rever os cartões de respostas que, no dia da prova, tinham sido entregues quase em branco. “Quando os cartões-resposta vieram estavam todos preenchidos”

Repórter: Mas se denunciarem não dá problema? “Não”, garante Luiz Pereira de Souza.

“O promotor vai achar que você não tem capacidade em uma prova?”, questiona José Roberto Cestari, dono da empresa Cescar. “Isso aí tu deixa comigo que eu sou especialista”, avisa.

Ele ensina ao suposto assessor uma forma de não chamar atenção para a fraude: adiar a convocação dos apadrinhados: “Se você tem dez vagas, você passa o cara lá em oitavo, nono lugar. Chama dois esse mês, depois chama mais dois. Porque os mais visados são o primeiro e segundo lugar”.

Você deve estar indignado com os truques de quem frauda concursos públicos. Então preste atenção em mais um: a venda do gabarito antes das provas. A mulher que denunciou o cabide de empregos em Novo Barreiro diz que o prefeito da cidade vendia as respostas certas por um valor que depois era descontado no salário de quem entrava no esquema.

Repórter: Como que o prefeito conseguiu justificar este desconto nos salários?
Fiscal: Porque eles fizeram como se as pessoas tivessem feito um empréstimo no banco e dividido para as pessoas pagarem.

Mas o banco nega que esses empréstimos tenham sido feitos. Um candidato do Rio Grande do Sul seguiu as regras e tentou passar honestamente em um concurso que agora é investigado por fraude. Mesmo sendo a vítima, ele prefere não aparecer: “Eu, minha esposa e o meu filho, a gente queria uma oportunidade, que o lugar é pequeno, tem pouco trabalho. A gente tentou pelo menos um salário melhor, uma estabilidade melhor”, diz.

“É muito injusto que, enquanto alguns estudam, correm atrás, gastam seus recursos financeiros, seu tempo, sacrificam família para passar em um concurso público, e outra pessoa vai e compra esse espaço”, destaca Augusto de Souza Neto, presidente da Associação Nacional de Concurseiros.

“Quando a gente fala em fraude em concurso, a gente está falando de você botar corrupto e gente que vai ficar achacando a população. Nós temos inclusive projetos no Congresso que estão parados sem a atenção devida. E essa lei de concursos tem que criar instrumentos para que uma empresa de fundo de quintal não possa fazer concurso”, afirma o juiz federal William Douglas.

Repórter: Seu Luís, você vende vagas em concurso público, é isso?
Luís Pasinato: Eu não vendo.

Repórter: O senhor está sendo acusado de fraudes em concursos públicos, o senhor confirma?
Luiz Pereira de Souza: Claro que não.

Repórter: Nunca aprovou ninguém de maneira fraudulenta?
Celso Abreu Rangel: Certeza absoluta.

Repórter: Não cobra imposto sobre propina?
Neide Maria Ferreira: Imposto não, de jeito nenhum.

Marcos Perin é sócio de Clóvis Pauleti.

Repórter: O senhor está sendo acusado de fraude em concursos públicos, o que o senhor tem a dizer?
Marcos Perin: Nada, não tenho nada a dizer.
Repórter: O senhor nunca ofereceu vaga de maneira fraudulenta em concursos públicos?
Marcos Perin: Nada.

“Eu achei que foi cachorrada. Muita gente deixou de fazer muita coisa, se deslocou de longe, foram feitas de palhaço”, reclama o candidato honesto.

Repórter: O que o senhor pensaria de uma empresa que fraudasse concursos públicos?
José Roberto Cestari: Eu acho que ela está fazendo uma coisa muito errada.
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Salários de servidores públicos são um roubo à população, diz Economist

A revista britânica, The Economist, publicou, nesta semana, uma reportagem que afirma que o salário dos servidores públicos no Brasil são um roubo à população. Como exemplo, a publicação afirma que 350 funcionários da prefeitura de São Paulo ganham mais de de R$ 7 mil, salário superior ao do presidente da Câmara.

A média salarial dos servidores chega ser dez vezes maior do que de empregados da rede privada. É o caso do cargo de enfermeira-chefe da prefeitura da capital paulista, que recebe R$ 18.300 por mês, ou seja 12 vezes mais do que um enfermeira-chefe em um hospital privado.

A reportagem lembra ainda que segundo a Constituição Brasileira, nenhum funcionário pode ganhar mais do um juiz do Supremo Tribunal Federal, cujo o salário atual é de R$ 26.700. Entretanto, um terço dos ministros e cerca de 4 mil funcionários federais ultrapassam o teto salarial.
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(imagem: Thinkstock)

“José Sarney, um presidente [do Senado] medíocre, ganha R$ 62 mil reais por mês, entre o seu salário como senador e duas pensões a partir de passagens anteriores como governador e um de juiz em seu estado natal, Maranhão”.

Outro abuso aos contribuintes é o fato que a maioria dos brasileiros ganha 13 salários por ano, mas muitos membros do Congresso recebem 15. “A folha de pagamento é maior ainda porque cada senador pode nomear 50 funcionários e cada parlamentar 25. Com isso, o Congresso gasta 6 bilhões”.

Lei de Acesso à Informação

Por fim, a revista declara que a presidente Dilma Rousseff está utilizando da Lei de Acesso à Informação, sancionada no mês passado, para revelar atrocidades do regime militar e expor os salários gordos de políticos e burocratas.

“Dilma prometeu que o governo federal vai colocar todos os nomes de seus funcionário e salários on-line a partir do final de junho. O Supremo Tribunal Federal e o Congresso concordaram em seguir o exemplo”.

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Veja 20 MBAs americanos que rendem os melhores salários ao longo dos anos

Especialistas em Recursos Humanos são unânimes ao dizer que o profissional que faz um MBA tem mais chances de ter um melhor emprego e consequentemente, um salário melhor. Se o MBA for internacional, as chances são maiores ainda. Um dos destinados mais procurados pelos brasileiros são os EUA (Estados Unidos da América).

Um estudo relizado pela PayScale à pedido da Bloomberg Businessweek, revelou o quanto aumentou a remuneração (salário e bônus) dos formados nos últimos 20 anos pelas universidades mais conceituadas.

Segundo a publicação, em média, os formados ganhavam cerca de US$ 2,4 milhões (R$ 5 milhões) ao longo dos últimas duas décadas, ou seja, US$ 122.513 por ano, ou seja R$ 253 mil. Confira ranking abaixo:

Remuneração média por anos de formação (US$)

Instituição (MBA) Menos de 5 anos Menos de 10 anos Menos de 15 anos Menos de 20 anos Total da carreira
Harvard Bussiness School 136 mil 169 mil 217 mil 244 mil 3,6 milhões
Wharton School 146 mil 164 mil 181 mil 214 mil 3,5 milhões
Stanford 129 mil 166 mil 187 mil 220 mil 3,4 milhões
Columbia Business Scool 177 mil 149 mil 187 mil 191 mil 3,2 milhões
Tuck School of Business 128 mil 147 mil 170 mil 174 mil 3,1 milhões
Kellogg 119 mil 139 mil 167 mil 204 mil 3,06 milhões
Sloan School of Management 125 mil 143 mil 165 mil 169 mil 3,02 milhões
Booth School of Business 115 mil 137 mil 156 mil 215 mil 3 milhões
Haas School of Business 117 mil 141 mil 167 mil 171 mil 2,97 milhões
Yale School of Management 125 mil 144 mil 156 mil 172 mil 2,93 milhões
Darden School of Business 108 mil 142 mil 166 mil 191 mil 2,93 milhões
Fuqua School of Business 104 mil 131 mil 159 mil 170 mil 2,78 milhões
Stern School of Business 102 mil 129 mil 158 mil 176 mil 2,75 milhões
Johnson Graduate School of Management 97,4 mil 129 mil 158 mil 180 mil 2,73 milhões
Tepper School of Business 101 mil 130 mil 151 mil 158 mil 2,67 milhões
Anderson School of Management 103 mil 129 mil 140 mil 171 mil 2,66 milhões
Ross School of Business 104 mil 121 mil 141 mil 157 mil 2,60 milhões
Goizueta Business School 94,4 mil 116 mil 153 mil 164 mil 2,57 milhões
Owen Graduate School of Management 93,3 mil 113 mil 153 mil 168 mil 2,56 milhões
McDonough School of Business 101 mil 114 mil 146 mil 160 mil2,55 milhões

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domingo, 17 de junho de 2012

Quer ser bem-sucedido na carreira? Veja 7 dicas do que não fazer

Atualização constante, habilidades comportamentais, inglês fluente. Todos esses itens fazem parte da lista básica de quem quer ter sucesso na vida profissional. Entretanto, segui-los à risca pode não ser o suficiente, se a pessoa não evitar atitudes e comportamentos inadequados.

De acordo com o especialista em estratégias empresariais e professor da Universidade Mackenzie e FGV-RJ, Marcos Morita, agir e não pensar, por exemplo, é uma das sete dicas do que não fazer para ser bem-sucedido na carreira.

Na opinião dele, não parar de tempos em tempos para avaliar as próprias atitudes e comportamentos pode ser um erro fatal. “Pare de vez em quando e converse com seu superior, colegas e subordinados de maneira aberta, solicitando que pontuem sobre suas atitudes e comportamentos”, diz.

Dicas
Abaixo, as outras seis atitudes que devem passar bem longe de quem quer alcançar o topo:

“Cuida do seu, que eu cuido do meu! ” Certamente, você já deve ter escutado frases como: “isto não é de minha responsabilidade”, ou “não sou pago para isso”. Entretanto, segundo Morita, ainda que haja colegas que, realmente, abusam da boa vontade alheia, antes de responder, o ideal é ver se realmente a questão não é de sua alçada e se não há mesmo como colaborar.

“É melhor não fazer, vai que eu erre!” O medo de errar também é muito prejudicial à carreira. Para o especialista, dentro de padrões aceitáveis, o erro demonstra a proatividade do colaborador. "Prefiro os que erram por fazer, as que não fazem por medo de errar", diz.

"Tchau. Já deu o meu horário." Quem quer ser bem-sucedido na carreira precisa ser flexível. Em outras palavras, a pessoa não precisa ficar até mais tarde todos os dias, mas deve se mostrar disponível ao perceber que a equipe está em apuros.

“O problema é esse, como você vai resolver?” Problemas devem ser resolvidos, entretanto, profissionais que sempre levam problemas à chefia imediata, sem propor soluções, acabam ficando com uma imagem negativa. Ou seja, se vai levar a farinha, entregue ao menos a receita.

“Tive uma ideia, mas acho melhor ficar na minha.” Engana-se quem pensa que somente aqueles que possuem altas posições podem fazer a diferença. Na opinião de Morita, os profissionais devem ter ideias, sugerir, implementar e divulgar. “Grandes sacadas surgem na linha de frente, a qual convive e vive os problemas dos clientes no dia a dia”.

“Desculpe-me, não sou político.” Muita gente torce o nariz para essa estrategia, mas ofato, explica o especialista, é que alianças e coligações devem fazer parte do dia a dia, independentemente do nível hierárquico do profissional ou função. “Em situações de estresse e alta demanda, é o bom relacionamento que muitas vezes fará com que seu pedido seja atendido com prioridade por outro colega de trabalho”.

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sábado, 16 de junho de 2012

Diversificando na vida



Hoje realizei um evento interessante.
Convidei alguns amigos para virem em minha casa e o tema do encontro foi: "Comidinhas, Bebidinhas e Comprinhas".

Além de um momento relaxante, com um bom papo, foram momentos para trocar ideias.
Algumas pessoas trouxeram seus produtos para vender.
A experiência foi fantástica.

O evento serviu para as pessoas se conhecerem, trocar informações sobre as atividades extras que realizam, como realizam as negociações, dicas sobre as vendas, sobre as compras, as preferências dos consumidores além da troca de contatos para futuras negociações.

Cada vez mais é possível verificar a diversificação das pessoas em suas atividades.
Possuem uma atividade principal, onde têm seu salário fixo e benefícios e para complementar suas rendas, buscam alternativas de trabalho.

Outro ponto que foi possível observar, foi como as pessoas conseguem administrar o seu tempo, nos dias atuais, escutamos muito as pessoas reclamarem sobre a falta de tempo e num simples evento, foi possível identificar que tudo é uma questão de organização.

Em um simples evento, onde o foco era a confraternização de amigos, é possível aprendermos muito sobre este mundo dos negócios e que se quisermos vencer, basta termos força de vontade e com certeza conseguiremos conquistar o que buscamos em nossas vidas!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Jogo sujo: como enfrentar a concorrência desleal

Olá, pessoal. Retomamos hoje a coluna respondendo a uma pergunta do leitor Felipe R. Ele conta que tem enfrentado dificuldades em seu negócio por conta de práticas não muito leais de alguns concorrentes. E aí ele quer saber o que fazer para contornar essa situação sem ter que reduzir seu preço (que é o que garante, entre outras coisas, a melhor qualidade dos seus produtos).

Então, vamos lá. Sou da opinião que nada justifica a falta de ética nos negócios. Não recomendo a ninguém fazer algo somente para prejudicar alguém, ou, pior, para enganar e trapacear clientes, fornecedores e outras pessoas ligadas à empresa.

O grande desafio disso, no entanto, é quando nos deparamos com pessoas que não pensam dessa forma. No mundo real, fora das salas de aula, inevitavelmente, muitos de nós vamos enfrentar situações como a que você descreve.

Em seu e-mail, você nos dá duas informações de ouro, que nos ajudam a resolver suas questões sem precisar descer ao nível da sua concorrência. Você nos conta que seu produto é o único da região com certificação de qualidade e, tirando a questão dos preços mais baixos praticados pela concorrência, muitos clientes voltam para você após algum tempo.
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Imagem: Thinkstock

No dia a dia, é comum nos esquecermos da regra básica da estratégia: não podemos ser tudo para todo mundo. Se sua empresa entrega algo superior, é sempre possível que o seu próprio sucesso atraia concorrentes mais baratos (éticos ou não). O ponto positivo de seu e-mail é que os clientes que reconhecem sua qualidade ficam com você, e os que sentem falta dela acabam voltando.

Nossa primeira iniciativa sempre é "bater de frente" com a concorrência. No mundo empresarial há um certo gosto por palavras ligadas com a área militar, como "missão", "atacar a concorrência", "conquistar o mercado" e assim por diante. Um detalhe que passa sem muita atenção é que a área de estratégia militar, de onde essas palavras vêm, passou anos desenvolvendo técnicas não para "bater de frente" com os exércitos inimigos, mas sim para conquistar sem enfrentar. Ganhar recursos sem perder os seus. Os grandes estrategistas não são, e nunca serão, aqueles que aparecem nos filmes de Hollywood, arremessando seus soldados contra os soldados dos outros. A sanguinolência pode ficar boa na tela, mas no mundo real é muito melhor vencer com inteligência.

Da mesma forma, se a concorrência possui um produto inferior e táticas desleais, e existem clientes que sabem reconhecer isso, é neles que deve ser o seu foco. Não se preocupe tanto com as rasteiras da concorrência, mas sim em como fornecer o melhor serviço e produto possíveis. Lembre-se: o cliente que vem até você pelo preço, vai embora pelo preço. Se você der outros motivos para ele continuar fazendo negócios com sua empresa, terá clientes muito mais fiéis, e menos sensíveis a mudanças de preços que os de seus concorrentes.

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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Minotauro: o que você pode aprender sobre carreira com um campeão do UFC?

Ele possui 33 vitórias em 41 lutas. É o único lutador na categoria peso pesado a conquistar os cinturões das duas principais competições de MMA (Artes Marcias Mistas): o UFC e o PRIDE. Tornou-se ídolo no mundo pelo seu talento e pela sua capacidade de superar desafios.

Rodrigo Nogueira, o Minotauro, é o típico case de sucesso naquilo que buscou realizar. Aos 36 anos, o lutador - que tem contrato com o UFC - nem pensar em parar de praticar o esporte e, agora, quer ir além: transmitir todos os princípios e lições que o tornaram um campeão em palestras e workshops.

Minotauro conversou com o Administradores.com e contou mais detalhes sobre sua trajetória , o fenômeno que o MMA se transformou no mundo e o que considera como fundamental para qualquer profissional, independente da área, ter sucesso em seu trabalho.
Minotauro
Foto: divulgação

Você tem uma história muito bacana dentro do MMA. Tem um cartel impressionante de vitórias: são 33 e apenas sete derrotas. O que você acha como fundamental para ter conquistado isso?

Com certeza o treinamento, gostar muito daquilo que faço e ter dedicação plena na minha carreira. Outro fator, sem dúvida, é o trabalho em equipe. Eu mantenho a mesma equipe há anos e a gente sempre está trazendo coisas novas, se reinventado. As coisas que aconteceram até hoje são um somatório disso tudo.

Você acabou de falar em trabalho de equipe, mas quando as pessoas veem dois lutadores no octógono esquecem que por trás deles existe todo um trabalho em conjunto de profissionais. Você poderia comentar sobre a importância da equipe para o lutador?

O MMA é uma mistura de várias artes marciais, então, a gente tem vários treinadores de diferentes lutas. Tem o treinador de boxe, de jiu-jítsu, de luta olímpica. Então, a equipe toda tem que ir montando um quebra-cabeça no planejamento até chegar uma luta. Fora essa parte do treinamento físico, tem também o nutricionista, o fisioterapeuta. Então, se tem uma luta é daqui há dois meses, esse tipo de treinamento começa oito semanas antes. É um verdadeiro quebra-cabeça ter que juntar atividades de sete treinadores nesse tempo. Para isso, a gente faz pequenas metas para alcançar o objetivo final.

Então, ter foco em todo esse processo é imprescindível?

Fundamental. Você tem que ter muita concentração. E o trabalho de equipe ajuda você ter a coordenação necessária para alcançar o melhor resultado no final.

Aos onze anos você sofreu um grave acidente. Como foi isso?

Eu estava em um aniversário do meu primo e tinha um caminhão parado na portão da casa. A gente estava brincando na rua. O motorista tinha bebido e quando ele deu ré no caminhão, fui atropelado e fiquei 11 meses no hospital, alguns dias em coma. Foi uma fase muito dura, porque eu ainda era pré-adolescente, tinha uma vida muita ativa, praticava esportes. Tive que ficar muito tempo sem fazer nada por causa do acidente. Fiz muita fisioterapia para voltar a andar e ter uma vida normal. Mas o apoio da família foi fundamental para essa minha recuperação.

E a sua recuperação plena foi o ponto de partida para engrenar como lutador?

Eu já treinava antes, mas com certeza eu comecei a levar a sério o esporte a partir do acidente. Inclusive, o próprio médico disse que eu deveria praticar esportes para eu andar novamente, por que eu tinha perdido um pedaço do tendão de Aquiles e, minha locomoção estava limitada. Então eu usei o esporte como minha fisioterapia e motivação para enfrentar aquele momento. A partir dalí, eu comecei a dar mais valor para as coisas, treinamento e me dediquei mais.

O MMA, impulsionado pelo Pride e principalmente pelo UFC cresceu consideravelmente nos últimos 10 anos. A que razões você credita essa visibilidade?

Quando o esporte tomou uma grande proporção nos Estados Unidos. O marketing esportivo americano é muito bom. Eles realmente conseguem atrair a atenção do público. Os próprios filmes de luta ajudam bastante em uma divulgação maior. Eles investem também no marketing dos atletas. São feitas feiras todos o anos sobre o esporte e e se preserva muito a imagem de cada lutador. Eles nos ensinam, por exemplo, a utilizar o twitter da melhor forma. Vários lutadores do UFC já foram expulsos por terem sido presos ou tiveram alguma conduta errada. Todas essas medidas deram mais credibilidade ao MMA.
Minotauro2
Foto: divulgação


E sobre a sua visibilidade e a dos lutadores aqui no Brasil? Você, inclusive, na época do Pride, tinha uma fama incrível no Japão, mas era pouco conhecido por aqui. Quando houve essa aproximação mais popular do MMA no Brasil?

Começou mais na Copa do Mundo de 2002 [que foi disputada na Coréia do Sul e no japão]. A imprensa japonesa ficava perguntando para os repórteres brasileiros: "Pô, e os irmão Nogueira? E o Wanderlei Silva?" E os pessoal daqui não conhecia muita bem. Quando retornaram ao Brasil, foi que começaram a olhar mais para o MMA e para a gente. Infelizmente tiveram que conhecer o nosso trabalho fora do Brasil. Isso aconteceu também com o Guga. O cara fico famoso ganhando torneio fora do país. Foi assim que o MMA começou a se impulsionar aqui. De fora para dentro.

E em relação aos patrocínios de marcas que não tem ligação com lutas? A procura por essas empresas aumentou?

Claro. Hoje em dia você vê várias marcas que não tinham muito a ver com o esporte e que hoje em dia procuram um lutador de MMA para fazer campanhas de marketing e até palestras internas nas empresa. Acho que as pessoas não procuravam essa associação até por falta de conhecimento. Mas quando o esporte começou a ter mais espaço na mída, até com as lutas nas TVs abertas, as pessoas foram aderindo. Esse programa que está passando na Globo, o The Ultimate Fighter (TUF), mostra mais detalhes do dia a dia do atleta, de como ele perde peso, como é a sua preparação. Isso vai ensinando as pessoas a conhecerem melhor o esporte.

Você teve sete derrotas dentro do MMA. Que lições é possível tirar desse momento adverso?

Eu acho que na derrota você tira as maiores lições do que você fez errado na estratégica, na tática utilizada. E é daí que você engradece para dar a volta por cima.

Minotauro, para finalizar: que lição aprendida nesses mais de 10 anos de MMA, você deixaria para as pessoas que desejam ter sucesso em suas carreira profissional, assim como você tem na sua?

A disciplina que a gente aprende na prática da arte marcial é importantíssima. Você só tem sucesso com repetição, trabalho e determinação. Às vezes você pode enfrentar um momento difícil, mas tem que focar na superação dos obstáculos. Para isso, é preciso procurar renovar as técnicas para se manter lá em cima.

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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Os desafios da Gestão de Pessoas para 2012


Cristian Kim
 Grupo Business Partners Consulting
A visão de que as pessoas são o ativo mais importante das empresas há algum tempo vem ganhando notoriedade nas esferas acadêmica e empresarial. Algumas organizações perceberam que investir em pessoas pode proporcionar uma grande vantagem competitiva perante seus concorrentes.
Em muitas empresas, a área de gestão de pessoas tem apresentado uma grande evolução em suas políticas e práticas, deixando de ser apenas o órgão que seleciona, treina e mantém pessoas, para se tornar uma área estratégica. As organizações perceberam que a fonte de vantagem competitiva não poderia mais ser procurada apenas externamente, e sim, dentro do seu ambiente organizacional. Essa percepção ocorre porque vantagens advindas do capital financeiro, tecnológico e de recursos naturais são mais facilmente copiadas do que práticas e políticas de gestão de pessoas e principalmente, seu resultado.

Apesar de termos um grande número de empresas que se preocupam de fato com seus colaboradores, ainda hoje, em 2012, encontramos organizações que gerem pessoas como se estivessem no início do século passado, onde a relação com o empregado era quase que escravocrata. Empresas que vêem seus colaboradores apenas como um custo organizacional, em pouco tempo, não terão mais espaço nesse mercado cada vez mais competitivo.

Um dos fatores que diferencia organizações de sucesso daquelas que não conseguem crescer e se desenvolver, é o cuidado que as primeiras têm com seu ativo mais importante: as pessoas. A área de gestão de pessoas precisa se preocupar com o todo, fornecendo aos indivíduos, além de bons salários, um bom ambiente de trabalho, um plano de carreira bem estruturado, bons benefícios, qualidade de vida no trabalho, higiene e segurança, programas de treinamento e desenvolvimento. E o mais importante: todas estas ações devem ser claras e transparentes. As pessoas devem saber o que será exigido delas, como elas serão recompensadas e o que precisam fazer para poder crescer dentro da empresa e em suas carreiras.

As políticas e práticas de gestão de pessoas são tão importantes para as empresas e para os colaboradores, que empresas presentes nos rankings das melhores empresas para se trabalhar de todo o mundo, são aquelas que conseguem atrelar boas práticas de gestão de pessoas à estratégia organizacional.

Com a oferta de mão de obra qualificada cada vez mais escassa no Brasil, é mais do que hora de repensar a gestão de pessoas de nossas empresas. Se as organizações quiserem possuir os melhores funcionários terão que estar preparadas para oferecer uma estrutura capaz de atender as necessidades desses indivíduos. Portanto, o desafio das empresas é desenvolver e implementar uma gestão estratégica de pessoas através de um conjunto de políticas e praticas consistentes, que facilite que o capital humano contribua para o alcance dos objetivos do negocio.

Cabe ressaltar que programas de treinamento, planos de remuneração variável, programas de recrutamento e seleção, pacote de benefícios, plano de carreira, entre outros, se desenvolvidos de forma isolada e desalinhada com a estratégia organizacional não trarão o mesmo resultado observado nas empresas que possuem a área de gestão de pessoas bem estruturada e capaz de programar todas as suas políticas e praticas de acordo com a estratégia central da empresa.

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terça-feira, 12 de junho de 2012

Na sua opinião, até que ponto vale a pena ser sincero no trabalho?

Essa é a melhor maneira, segundo especialistas de fazer a sinceridade trabalhar a seu favor, seja na hora da seleção para uma vaga de trabalho, seja na carreira de uma forma geral. Para a psicóloga e diretora da Psico Store, Martha Zouain, o grande desafio do profissional está em desenvolver formas de dizer o que pensa ou sente, preocupando-se com a forma, o como, o local e a hora.
"Mentira tem perna curta. O profissional deve fazer a escolha pela verdade e trabalhar para desenvolver uma habilidade maior para dizer o que pensa e sente sem gerar perdas para outra pessoa. Perde-se da verdade e embarcar na mentira estendendo-a além do necessário poderá causar um dano muito maior", destacou.

Para o consultor de carreiras do Fantástico e comentarista da Rádio CBN, Max Gheringer, o profissional deve ser sincero sempre. Segundo ele, na hora de mandar o currículo, há coisas que só devem ser omitidas se não forem fazer diferença. O presidente da Curriculum.com.br, Marcelo Abrileri, lembrou que as pessoas são contratadas pela competência técnica. No entanto, segundo ele, 90% das demissões são motivadas pelo comportamento do profissional.

"Honestidade, sinceridade, verdade devem prevalecer. Uma pessoa que é transparente e não esconde seus sentimentos são muito bem vistas. Um profissional que se baseia em mentira, não constrói nada", avaliou Abrileri. De acordo com o consultor de carreiras da Catho, Renato Waberski, o profissional que falta com a verdade pode até ser bem sucedido, mais lá na frente ele pode ser prejudicado.

"Nunca falte com a verdade. Com certeza, os gestores estão acostumados a lidar com muitas situações, principalmente identificar o profissional que falta com a verdade. Há profissionais que acreditam nas próprias mentiras e acabam se enforcando", analisou.

Reconhecimento de deficiência fez a diferença

Ao enviar o currículo para Politintas Rafael Domingues fez questão de mencionar que é deficiente auditivo. O fato chamou à atenção do Departamento de Recursos Humanos. Ele já está na empresa há cinco anos e, hoje, ocupa o cargo de colorista. "A entrevistadora ficou impressionada como falo bem". Rafael contou que usa aparelho no ouvido para escutar melhor e aprendeu a fazer leitura labial.

Ele contou que havia mandado o currículo para outra empresa, mas não informou sobre a deficiência auditiva. "Falei sobre isso na entrevista. Fiz todos os testes e no final me disseram que eu não poderia ficar por ser surdo", disse Rafael.

Transparência é a marca do currículdo

Formação superior em Ciências da Computação, MBA em Gerenciamento de Projetos e várias certificações. Todos esses títulos fazem parte do currículo do supervisor de suporte técnico da Spassu Tecnologia da Informação, Rodrigo Bardi Salles Abreu. Para ele, sinceridade e transparência são essenciais. "O profissional deve sempre jogar limpo", disse. Rodrigo começou a trabalhar na área de informática em 1997, quando ainda era bolsista do Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (Cefetes). "Sempre corri atrás das minha qualificação, nunca fiquei esperando que a empresa fizesse isso. Acho que cada vez mais os profissionais são valorizados por isso".

Mentira não é mantida por muito tempo

Se um profissional, durante o processo de seleção, contar alguma mentira, ele não vai conseguir sustentá-la por muito tempo. Essa é a opinião o supervisor de Recursos Humanos da Spassu Tecnologia da Informação, Sebastião Cosme Peres de Almeida.

"Para evitar ao máximo uma mentira, pedimos toda a documentação possível. Um exemplo é solicitar a carteira profissional para identificar a experiência. Não podemos deixar de coletar essas informações depois de admitir o colaborador", explicou.

Ele explicou que a empresa tem supervisores que acompanham o desempenho das equipes. "É tarefa do superior e do Recursos Humanos acompanharem o dia-a-dia dos profissionais. Isso evita o risco de sermos surpreendidos", disse.

O consultor de carreiras do Fantástico e comentarista da Rádio CBN, Max Gheringer, o caso de omissão só deve ocorrer dentro de uma empresa se isso não for prejudicar ninguém.
Já a diretora de Recursos Humanos da Politintas, Iracélia Lino Ventorim, afirmou que um profissional pode deixar de mencionar algum dado, mas, às vezes, isso pode até favorecê-lo.

Ela lembrou do fato do colorista da Politintas Rafael Domingues ter mencionado no currículo a deficiência auditiva. "Achei curioso, pois a empresa nunca havia admitido um profissional deficiente. Marquei a entrevista por causa disso e me surpreendi quando ele chegou. Todos aceitaram ele muito bem. A falta de sinceridade é uma perda de tempo", destacou.

Teste

Você é um profissional sincero?

1. Numa entrevista de emprego, prefiro dizer uma mentira bem contada a uma verdade esclarecedora.

a) Nunca
b) Às vezes
c) Quase sempre
d) Sempre

2. Numa entrevista, questionado sobre a demissão de meu último emprego, relato ao entrevistador minha versão da verdade, e não a verdade factual, ou seja, o que realmente aconteceu.

a) Nunca
b) Às vezes
c) Quase sempre
d) Sempre

3. Costumo "inventar" habilidades ou experiências quando elaboro meu currículo para deixá-lo mais competitivo.

a) Nunca
b) Às vezes
c) Quase sempre
d) Sempre

4. Quando sou questionado pelo meu chefe, não tenho coragem de expressar minha verdadeira opinião.

a) Nunca
b) Às vezes
c) Quase sempre
d) Sempre

5. Em uma reunião de equipe, quando pressionado, não exponho tudo que penso sobre os processos e as pessoas envolvidas.

a) Nunca
b) Às vezes
c) Quase sempre
d) Sempre

6. Costumo falar sempre a verdade em meu trabalho, independente se irei magoar meus colegas com minhas colocações.

a) Nunca
b) Às vezes
c) Quase sempre
d) Sempre

7. Quando preciso me ausentar no trabalho ou quando chego atrasado invento desculpas que não são reais.

a) Nunca
b) Às vezes
c) Quase sempre
d) Sempre

8. Quando cometo algum erro em meu trabalho, não assumo a responsabilidade.

a) Nunca
b) Às vezes
c) Quase sempre
d) Sempre

9. Quando não consigo cumprir um prazo para meu cliente, invento desculpas em vez de informar o motivo real.

a) Nunca
b) Às vezes
c) Quase sempre
d) Sempre

10. Costumo aumentar minhas qualificações para parecer mais competente perante minha equipe e meus superiores.

a) Nunca
b) Às vezes
c) Quase sempre
d) Sempre

PESO DAS QUESTÕES
Sempre = 2
Quase sempre = 3
Às vezes = 4
Nunca = 5

RESULTADOS PARA ANÁLISE:
42 a 50 - Parabéns! Você costuma priorizar a sinceridade no trabalho e certamente suas chances de alavancar sua carreira são promissoras.

36 a 41 - Você está quase lá, porém é importante focar em seu desenvolvimento. Procure olhar com cuidado nas respostas às vezes e nunca, uma vez que aí possivelmente encontram-se suas possibilidades de progredir.

29 a 35 - Seja sincero e verdadeiro... pois como já se diz o ditado: não adianta tapar o sol com a peneira.... a mentira e a falsidade um dia irão aparecer e, certamente, a mascará irá cair.

20 a 28 - A condição é crítica. Seja qual for sua profissão, a falta de sinceridade profissional é um dos piores pecados que podem ser cometidos e, normalmente, condena o pecador à mediocridade profissional, seguida de frustração pessoal.

Fonte: O teste foi elaborado pelo consultor de carreiras da Catho, Renato Waberski.

Análise
O que vale em nome da verdade
Martha Zouain , Psicóloga e diretora da Psico Store

Á algum tempo as empresas vem dando ênfase à forma como se estabelecem as relações no/de trabalho. Tal conduta não se deve apenas a uma questão de escolha mas sim à visão que as mesmas possuem que relações pautadas por respeito, verdade, ética, limites, cooperação, dentre outros valores essenciais, se constituem o elemento fundamental para a sustentabilidade no mercado. A escolha pelo que é certo em detrimento ao que é errado, do que é justo em detrimento ao que é injusto e da verdade acima de tudo passa a ser aquele "diferencial" que vai fazer com que você seja a referência no seu mercado ou não. Mas, muitas pessoas usam o escudo da verdade para defender posicionamentos rígidos e ásperos em relação aos outros como se "em nome da verdade" valesse ou justificasse tudo.

E, sabemos que verdade alguma, vem separada de um contexto, da forma do se falar, do com quem falar e do cuidado do falar. Desta forma, nosso grande desafio passa a ser desenvolver e aprimorar competências que me tornem cada vez mais criterioso com nosso próprio comportamento, identificando atitudes que podem estar trazendo perdas na relação e desenvolve-las de maneira a trazer melhores resultados. Uma grande dica seria a busca pela verdade sempre!

Veja como agir durante uma seleção e também quando já tiver sido contratado
Diga a verdade
Faça uma escolha pela verdade e se trabalhe para desenvolver uma habilidade maior para dizer o que pensa e sente sem gerar perdas para a outra pessoa.

Hora certa
Reflita se a hora é oportuna para falar. Uma má hora poderá colocar tudo a perder.

Clareza
Procure ao se expressar verbalmente ser o mais claro e objetivo possível, não pulando etapas e nem divagando em excesso em cada uma. Objetividade e clareza são fundamentais para que uma informação seja bem absorvida.

Perfil
Não esqueça que as situações pelas quais passamos e a forma como interagimos em cada uma, vão deixando um histórico sobre nosso perfil. Desta forma, posicionar-se de maneira madura, equilibrada e verdadeira sempre reportarão a um perfil confiável e profissional.

Carreira
Pense na carreira como se ela fosse uma empresa. Saber gerenciar a carreira é fundamental. Invista na sua formação.

Nunca minta
Mentir nunca, em hipótese nenhuma. Em caso de dúvida diga sempre a verdade.

Credibilidade
Não confunda credibilidade com sinceridade. Sinceridade é apenas um dos pilares da credibilidade.

Sucesso
Sem sinceridade, o sucesso é mentiroso. Quando um profissional mente lança dúvida para tudo que falou.

Fontes: especialistas consultados.
http://gazetaonline.globo.com