segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pessoa física agora pode investir em estrangeiras da Bovespa

O Bradesco lançou nesta segunda-feira o primeiro fundo  de BDR (brazilian depositary receipts) do mercado brasileiro. A aplicação permite que os clientes do banco possam investir em ações de algumas das maiores empresas americanas e europeias sem a necessidade de fechar uma operação de câmbio ou enviar dinheiro para o exterior.


Os BDR são negociados na própria BM&FBovespa. A bolsa brasileira fechou acordos com diversos bancos para que os certificados que comprovam a existência das ações de empresas estrangeiras possam ser negociadas por aqui mesmo sem a realização de uma oferta local de papéis dessas companhias. Hoje, os BDR não-patrocinados de cerca de 50 empresas são negociados na BM&FBovespa.

Os BDR não-patrocinados chegaram ao Brasil em 2010. No entanto, apenas instituições financeiras, fundos de investimento, administradores de carteira, consultores de investimentos autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e investidores superqualificados (com mais de 1 milhão de reais em aplicações financeiras) tinham autorização para negociá-los.

Com a decisão do Bradesco de lançar um fundo de BDR, o produto chegou também às pessoas físicas. Para aplicar no novo fundo, é necessário ter conta no Bradesco e ser investidor qualificado – ou seja, ter no mínimo 300.000 reais em aplicações financeiras. O fundo de BDR tem taxa de administração de 2,5% e exige aplicação inicial de ao menos 10.000 reais. O resgate pode ser feito diariamente, mas os recursos só serão depositados na conta do cliente após cinco dias.

A carteira começa com aplicação em cerca de 20 BDRs, entre eles Oracle, Walt Disney, Mc Donald´s, Caterpillar, Apple, American Express, General Electric, Wal Mart, Merck e Colgate-Palmolive.
É importante lembrar que, com um fundo de BDR, o investidor corre não apenas o risco de que uma dessas empresas apresente resultados ruins, mas também pode perder dinheiro com oscilação cambial. Se a ação da Apple sobe 10% nos Estados Unidos e o dólar se desvaloriza 10% ante o real, por exemplo, o investidor tende a não ganhar nada porque a baixa de um ativo anula a alta do outro.

exame.abril.com.br

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