sábado, 7 de julho de 2012

Você ama o que faz?

Quando você chega do trabalho seus olhos brilham? Fica ansiosa para contar à família que atingiu todas as suas metas e que conseguiu concluir todos os projetos? Quando encontra com amigos e familiares fala do trabalho o tempo todo e com muito orgulho? Em resumo, você ama o que faz? Infelizmente, esta não é uma realidade comum, mas existem muitas pessoas que vivem isso e estas são exemplos de profissionais bem-sucedidos, tanto no campo pessoal quanto o profissional.

A capa da VOCÊ S/A de junho de 2012, edição 168, me assustou com as letras garrafais "Adeus, Emprego Chato". É triste vermos que a grande maioria da população não está satisfeita com o emprego e o que mais pesa para esta avaliação é a remuneração. Mark Albion, autor do livro "Making a Life, Making a Living", diz que quando é possível fazer o que gosta e unir prazer ao trabalho pode-se conquistar, além de qualidade de vida, motivação e realização também financeira.

No artigo "Passion or Money" encontrado no site do próprio livro, o tema foi abordado. Há 20 anos foi feita uma pesquisa com 1.500 profissionais com diplomas de pós-graduação nas melhores escolas americanas. Para a primeira opção de emprego após o curso, 83% (1.245 pessoas) dos entrevistados afirmaram que primeiro ganhariam dinheiro, para depois fazer o que realmente desejavam. Ou seja, escolheram o emprego com base no salário. O restante, 17% (255 pessoas), disse que faria aquilo que realmente gostava, independente do quanto ganharia. Vinte anos depois, os resultados foram surpreendentes (ou não). Dos 1.500 pesquisados, Albion encontrou 101 multimilionários. Apenas um deles pertencia ao primeiro grupo. Os outros 100 faziam parte do segundo, de 255 profissionais que seguiram sua paixão.

De fato não é fácil trabalhar no que ama e às vezes é necessário abrir mão de muitas coisas em função disso, mas vale a pena!!! Parte da responsabilidade em manter essa paixão é nossa, pois é preciso cultivar e alimentar esse amor. Ler livros e revistas relacionados ao tema, participar de fóruns, congressos e encontros para atualizar-se são algumas ferramentas que ajudam a manter essa chama acesa. Agora, se assuntos correlatos ao seu trabalho e a busca por uma formação continuada se tornarem uma tortura ou uma necessidade imposta pelo mercado, é um indicador de que não gosta do que faz e acaba sendo impossível encontrar prazer no trabalho. Então, talvez este seja o momento de rever o seu plano de vida e carreira.

Pessoas que não gostam do que fazem sofrem da síndrome do "Fantástico" (quando toca a vinheta surge o desespero da segunda-feira). Essa forma de encarar a relação com o trabalho é ainda mais preocupante quando os jovens começam a carreira já pensando na aposentadoria e esquecem que trabalho é sinônimo de vida. Levo como exemplo disso Dr. Norberto Odebrecht, que mesmo aos 93 anos de idade, continua trabalhando todos os dias e sempre busca resultados cada vez melhores desenvolvendo jovens por meio da educação pelo trabalho. Ele é um modelo de sobrevivência, crescimento e perpetuidade, simplesmente por amar o que faz.

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