quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

"Esse cara sou eu": saiba o que Roberto Carlos e o analfabetismo têm a ver com a sua estratégia de vendas

A cada vez que alguém ouve a canção “Esse cara sou eu”, de Roberto Carlos, uma mulher brasileira está sendo espancada, violentada ou assassinada. A canção dura exatos 4 minutos e 32 segundos e está em primeiro lugar nas paradas. Mais: de cada dez vítimas, sete tiveram como algozes seus namorados, maridos, companheiros ou amantes.
Amar é uma atividade de risco para as mulheres brasileiras.
Por isso, Roberto Carlos emociona de arrepiar quando canta que “Está do seu lado pro que der e vier” e que é “O herói esperado por toda mulher”.

E ao confirmar que “Por você ele encara o perigo” e que é “Seu melhor amigo” e que assina o compromisso ao afirmar “Esse cara sou eu”, o risco que milhares de mulheres vivem todos os dias, diante da explosiva brutalidade de seus maridos, amantes e namorados se transforma num suspiro de esperança.

O amor então retoma para essa mulher ameaçada uma possibilidade concreta de proteção, companheirismo e cumplicidade.
Pois bem, o que tem a ver “Esse cara sou eu” com sua estratégia de vendas? Ou você aprende a emocionar suas clientes (principalmente) e seus clientes por tabela, nas várias faixas etárias ou sua mensagem vai ricochetear na indiferença de consumidores vítimas de 75% do analfabetismo funcional.

No Brasil, 75% das pessoas entre 15 e 64 anos não conseguem ler, escrever e calcular plenamente. Esse número inclui os 68% considerados analfabetos funcionais e os 7% considerados analfabetos absolutos, sem qualquer habilidade de leitura ou escrita. Apenas 1 entre 4 brasileiros consegue ler, escrever e utilizar essas habilidades para continuar aprendendo.

É o que nos relata a Ação Educativa e o Instituto Paulo Montenegro através do INAF – Indicador de Analfabetismo Funcional.
Mas cada um deles, homens ou mulheres, se emocionam com a canção de Roberto Carlos.

Porque é uma mensagem que supera as ameaças que rondam os casais brasileiros com a esperança ancestral dos que vêm no amor e na paixão, a segurança e a cumplicidade.

Se sua empresa estiver preparada para emocionar sua clientela, principalmente os consumidores da nova classe média, que chegam com os bolsos carregados com mais de R$ 1,1 trilhão para gastar por ano, sua mensagem chegará primeiro aos corações e depois aos bolsos.

Se ainda não estiver preparada, é hora de buscar ajuda. Porque a emoção é a linguagem universal que ultrapassa quaisquer barreiras, sejam elas culturais, regionais ou de analfabetismo funcional.

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