sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Mulheres Empreendedoras

O que têm em comum uma vendedora de acarajé na Bahia, uma barraqueira de praia no badalado Posto 9 em Ipanema, Rio, uma jovem adolescente que não encontrava roupa adequada para seu corpo de mulher, a fundadora de uma rede hoteleira no Brasil e uma jovem que saiu de um orfanato em Paris e criou um estilo de vestir que perdura até hoje?


Mais do que se pode imaginar Dadá, Dilma Abdias, Fabiana, Chieko Aoki e Coco Channel são pessoas felizes por realizarem o sonho do negócio próprio. Em vez de continuarem meras coadjuvantes dos sonhos alheios, todas elas assumiram as rédeas de suas vidas.

Todas elas possuem as características que diferenciam os empreendedores. São intuitivas, criativas, determinadas e apaixonadas pelo que fazem. Atitude, foco no cliente e perseverança fizeram a diferença. Enfrentaram dificuldades, mas cavaram a oportunidade do negócio em vez de perderem tempo atrás de emprego.

Vejamos em maior detalhes o caso de Dilma Abdias. Foi demitida após mais de uma década dedicada aos patrões, como doméstica. Só que em vez de voltar a procurar emprego, foi procurar clientes.
Ela “abre a praia” às 7h da manhã. Aluga óleo de bronzear e óculos escuros. Vende também refrigerantes, cervejas e petiscos. Poucos dos inúmeros outros vendedores de praia conseguem fazê-lo da forma que a diferencia. Isso para não falar no sorriso sincero que adiciona um bom-humor contagiante àquele ponto de encontro de celebridades.

Dilma e essas outras mulheres empreendedoras ilustram a “revolução invisível” que será contada pelos historiadores ao se referirem ao Século XXI como o período em que as pessoas assumiram o comando de suas vidas, em vez de ficarem esperando pelas iniciativas do Estado ou das Empresas. Nas próximas décadas, as relações trabalhistas devem mudar completamente. Serão substituídas por relações jurídicas com prestadores de serviços e terceirizados.

Você precisa decidir se vai ficar na contramão dessa história, procurando emprego, ou se irá procurar clientes para aquele produto ou serviço que você sabe fazer ou prestar melhor que ninguém.
A vida se compõe de uma sucessão de etapas, mas a maioria das pessoas acaba se esquecendo disso e repete insistentemente a velha fórmula conhecida, como se a vida tivesse apenas um só tempo. Cada um de nós pode ter mais de uma chance no casamento, na profissão, na vida. Cada pessoa pode ter tantos estágios na vida quantos estiver disposta a viver.

Sempre é tempo de iniciar um novo ato, novo script na vida, enfim, dar uma virada e fazer da reinvenção um estilo de vida. Muitas podem aproveitar essa chance, como fizeram os 5 exemplos aqui citados para colocar em prática o sonho antigo de abrir seu próprio negocio. Mas também poderiam trabalhar em prol de uma causa social, comunitária em uma ONG, como fizeram Dona Zilda Arns e a Viviane Senna. Ou realizar um sonho pessoal – escrever, ensinar, estudar música, escultura, cerâmica, dança, etc) como fazem várias outras mulheres de sucesso como Lya Lutf, Zélia Gatai, Ana Botafogo.

O importante é perceber que Empreendedorismo não é necessariamente sinônimo de CNPJ nem implica em montar uma empresa. Empreendedorismo é um estado de espírito, uma atitude perante a vida.
Nos momentos de dúvida, lembre-se: você é o Presidente da sua Vida.

http://exame.abril.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário