segunda-feira, 10 de junho de 2013

Formiga “maluca” tira o sono dos americanos

Desde que foram vistas pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2002, elas já se espalharam por pelo menos 40 municípios de quatro estados do sudeste do país – Texas, Florida, Mississipi e Luisiana. Por onde passam, deixam sua marca predatória nos ecossistemas e, de quebra, alguns prejuízos elétricos para as cidades.

Formiga da espécie  Nylanderia fulva, conhecida como formiga "maluca"Originária do Brasil e da Argentina, a espécie invasora identificada como Nylanderia fulva, mais conhecida como formiga “maluca”, está reduzindo a diversidade e abundância de outras espécies de formigas a medida que se propaga, alerta um novo estudo da Universidade do Texas.

Em vídeo produzido pela Universidade (veja abaixo), o co-autor do estudo, Edward LeBrun, diz que as formigas onívoras atacam e matam outras espécies, bem como monopolizam as fontes de alimento. O efeito dramático sobre o ecossistema é o mais recente capítulo de uma história de invasões que vem assustando os moradores das cidades afetadas e ganhando atenção na mídia.
A mobilização tem dois motivos em especial: o gosto peculiar das formigas por sistemas elétricos e sua resistência a iseticidades convencionais.

De acordo com o site ABCnews, a fixação das formigas por cabos e equipamentos eletrônicos foi responsável por US$ 145 milhões em danos apenas no Texas. Segundo o Daily Mail, a devastação ocorre quando uma formiga encontra o transformador e, ao tocá-lo, é eletrocutada.
O problema é que ao morrer, ela libera um odor no ar que atrai mais formigas para a cena e elas também são eletrocutadas. Eventualmente, há tantas formigas mortas que os interruptores ficam presos e o sistema é desligado.

Para piorar, os inseticidas comumente encontrados nos supermercados, eficazes contra outros insetos como a formiga vermelha (espécie invasora que está sendo dizimada pelas formigas “loucas”), não dão conta de eliminar a Nylanderia fulva. Quem quiser ficar livre das criaturas deve contratar um serviço especializado de dedetização.

Ao contrário de outras espécies, entretanto, as formigas “loucas” não se propagam com rapidez. Sozinhas, elas são capazes de avançar apenas 200 metros por ano. Segundo os pesquisadores, o maior motivo de deslocamento no sudeste americano é o transporte humano.

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