terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A dica de Bruce Dickinson, do Iron Maiden, a empreendedores

Ele pilota o próprio avião. Tem uma cerveja própria. Viaja de São Paulo à Europa na mesma semana. Parece turnê de rock star, mas é a rotina de Bruce Dickinson, líder do Iron Maiden, rodando o mundo para falar sobre empreendedorismo.
Bruce Dickinson, vocalista da banda Iron Maiden
Investidor-anjo, mestre cervejeiro (a banda tem sua própria cerveja, a Trooper) e historiador. Dickinson explora sua criatividade em várias frentes e defende que empreendedores devem aprender sobre os mais diferentes assuntos.
Dono de uma escola de aviação e uma empresa de manutenção de aviões, Dickinson participou, nesta tarde, de uma palestra sobre empreendedorismo na Campus Party Brasil. O evento, focado em startups e tecnologia, acontece durante toda a semana, no Anhembi, em São Paulo, e deve receber mais de 160 mil pessoas e oito mil participantes acampados.
Transforme seus clientes em fãs. Este é o conselho do cantor aos participantes que lotaram sua palestra no evento. “O consumidor sempre tem uma escolha. Se você é torcedor de futebol e seu time perde, você não desiste. Mas se te obrigam a torcer com vestidos cor de rosa, você pode ir embora”, diz. É por isso, segundo ele, que empresas precisam transformar seus consumidores em verdadeiros fãs.
Dickinson comparou o mundo dos negócios com o oceano. “Se você fica parado, como o peixe, você será comido por tubarões. Se você tem fãs, clientes fiéis, então você tem algo realmente valioso. Desenvolver negócios é desenvolver algo valioso. Se você quer ficar no mercado, tem que pensar o que é valioso e o que seu negócio faz que é único e especial”, compara.
É no valor e no relacionamento que as pequenas empresas devem concentrar seus esforços. “Somos criaturas emocionais. O mundo dos negócios é de relacionamento, confiança. É por isso que as pessoas querem jogar seus computadores pela janela, porque elas ficam frustradas. Sem essa relação de confiança, negócios acabam rapidamente”, diz.
A relação pessoal, com contato olho no olho, é o que faz negócios darem certo, para o músico. “Uma coisa em que somos bons é em contato com os olhos, somos criaturas visuais. Isso faz as pessoas felizes, somos desenhados para sermos sociais”, explica.
Criatividade e imaginação
É na curiosidade, na observação, que surgem as melhores ideias de negócio. “Você pode achar um monte de gente com conhecimento, mas sem imaginação não é nada. Com imaginação e paixão você consegue criar tudo. A observação é a chave para a criatividade”, afirma.
Quando o “mosquito da criatividade” pica alguém, é bom estar preparado. “Eu recomendo ter um pedaço de papel, uma caneta e escrever as ideias. Se você tem uma ideia incrível, especialmente se estiver no bar, sempre escreva essa ideia”, brinca.

http://exame.abril.com.br

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