quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Brasil está entre 10 países com mais analfabetos no mundo

Os mais de 13 milhões de analfabetos brasileiros colocam o país na oitava posição entre as nações com o maior número de analfabetos adultos do mundo. O dado é do 11° Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, divulgado pela Unesco nesta quarta-feira (veja na íntegra ao final).
O Brasil, junto com outros 9 países, é responsável por quase três quartos do número de adultos analfabetos do globo.
Os demais são Índia, China, Paquistão, Bangladesh, Nigéria, Etiópia, Egito, Indonésia e Congo. Hoje, existem 774 milhões de analfabetos no mundo, apenas 1% a menos que em 2000.
Crianças em escola da rede estadual de São Paulo Para 2015, quando 164 países deveriam atingir as metas de melhoria de educação propostas pela Unesco em 2000, a projeção é de que o número caia para 743 milhões.
No Brasil, a expectativa é de que no próximo ano, o número de analfabetos diminua dos atuais 13,2 milhões - registrados pelo PNAD 2012 - para 12,9 milhões, o que seria um avanço, depois da estagnação detectada pelo IBGE no ano passado.
O compromisso da Unesco totaliza seis metas que integram o Acordo de Dacar, assinado em 2000.
Por ele, até 2015, os países devem expandir cuidados na primeira infância e educação, universalizar o ensino primário, promover as competências de aprendizagem e de vida para jovens e adultos, reduzir o analfabetismo em 50%, alcançar a paridade e igualdade de gênero e melhorar a qualidade da educação.
De acordo com a Unesco, a meta de redução do analfabetismo é a que ficou mais distante: estima-se que apenas 29% dos países atinjam a universalização da alfabetização de adultos.
O Brasil é um dos países que não deve atingir a meta. De acordo com dados do PNAD de 2012, a taxa de analfabetismo brasileria é de 8,7%, muito distante da meta estabelecida pela Unesco, que previa que o país chegasse aos 6,7% de analfabetos até 2015.
Elogios
Apesar do alto número de analfabetos, o documento faz alguns elogios ao sistema educacional brasileiro. Uma das experiências elogiadas é a de recompensar as escolas com bônus coletivos como forma de incentivar os professores e conseguir melhores resultados de aprendizagem.
Outro ponto destacado, é o gasto do país comparado às demais nações emergentes.
"No Brasil, receitas fiscais mais elevadas ajudam a explicar como o país investe dez vezes mais do que a Índia, por criança, na educação primária", diz o texto.

http://exame.abril.com.br

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