quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Café faz sucesso em Londres oferecendo comida e bebida grátis, mas cobrando pelo tempo

Da próxima vez que você for a Londres, na Inglaterra, não deixe de visitar o café Ziferblat, no bairro de Shoreditch. Lá, você poderá se acomodar em uma das poltronas fashion e confortáveis e, se quiser, usar seu laptop ou tablet com o Wi-fi livre. Dá ainda para bater papo com amigos ou até fazer uma reunião de trabalho.
Se você sentir sede, café e chá são distribuídos à vontade. Se a fome apertar, não deixe de ir ao balcão para conferir os quitutes da hora. Mas quanto isso custa ao cliente? Bem, se você passar uma hora no local, deve sair em torno de R$ 7 (1,80 libras).
São com essas credenciais que o café Ziferblat está fazendo sucesso na capital inglesa: oferecendo comidas e bebidas grátis, mas cobrando pelo tempo que você passa no lugar.
A imprensa londrina está excitada com o estabelecimento, que cobra três pences (R$ 0,12) por minuto de seus consumidores. Enquanto blogs exaltam o fato de o cliente poder cozinhar no local, o The Guardian pergunta se ter um piano ali é uma boa ideia.
O café está no charmoso bairro de Shoreditch Reprodução/facebook.com/ZiferblatLondon
Ziferblat (clock-face, em inglês) significa, em alemão e russo, “face de relógio” (ou “mostrador de relógio”). O lugar é, na verdade, um “anticafé” idealizado pelo escritor russo Ivan Meetin, que abriu o primeiro café do tipo em 2011, em Moscou. As informações são do Business Insider.
A ideia deu tão certo que o proprietário abriu mais nove lojas na Rússia, até levar o café para o outro lado do continente: Londres.
Em entrevista ao Business Insider, Meetin afirma que o Ziferblat lembra uma casa na árvore, um símbolo do imaginário infantil, em que meninos e meninas se juntam para construir um pequeno universo para eles próprios.
— É um desejo de ser você mesmo e ser amado incondicionalmente.
Na verdade, como explica Meetin, o Ziferblat é muito mais do que um lugar para ir tomar um café.
“Ziferblat é um lugar onde você pode se sentir em casa. Aqui você está livre para ser você mesmo. Você pode trabalhar, produzir uma obra de arte, ler um livro, tocar piano, aproximar-se de boas pessoas, participar de eventos, beber o quanto de chá e café você conseguir — fazer tudo o que você gosta, ao mesmo tempo em que respeita o espaço e as pessoas que o usam”, informa o site do “anticafé”. “Pagando pelo tempo, você estará fazendo uma doação para o desenvolvimento dessa experiência social”.
Dessa forma, os clientes podem organizar também seus próprios eventos no local. Há apenas uma restrição: zero álcool.
Para proprietário, café não é um "modelo de negócios" 
Meetin explica que levar o café para Londres é um grande desafio, já que a cidade (e o bairro escolhido para a empreitada) estão entre os mais caros do mundo.
—Se o Ziferblat der certo em Londres, então significa que nós poderemos leva-lo para qualquer outro lugar, porque será mais barato [do que Londres].
Mas Meetin alerta: trata-se de um projeto social, não de um modelo de negócios. Mas o estabelecimento pode ser rentável, no caso de manter uma vasta clientela, e dependendo de doações.
Se tudo der certo, Meetin afirma que já mirou o próximo alvo de sua empreitada: Nova York.

http://noticias.r7.com

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